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LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE


LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos

Vencendo as Aflições da Vida - "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”
(Salmos 34:19).

Comentários da revista da CPAD: Pr. Eliezer de Lira e Silva

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

QUESTIONÁRIO




TEXTO ÁUREO

"Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará" (Mt 6.6).




VERDADE PRÁTICA

A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a CRISTO.




LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 3.30 CRISTO é quem deve aparecer

Terça - Mc 9.30-37 Tendo o coração de uma criança

Quarta - Mc 10.42-45 O Filho do homem veio servir

Quinta - Pv 8.13 DEUS aborrece o coração soberbo

Sexta - Fp 4.8,9 Devemos ter uma motivação nobre

Sábado - Mt 11.29 Devemos aprender do Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Marcos 1.35-45

35 E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava. 36 E seguiram-no Simão e os que com ele estavam. 37 E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam. 38 E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para isso vim. 39 E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios. 40 E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. 41 E JESUS, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! 42 E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo. 43 E, advertindo-o severamente, logo o despediu. 44 E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho. 45 Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que JESUS já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.


Em relação à tradução a eremos topos (ainda em 1.45; 6.31,32,35) deve ser diferenciado do deserto em si (eremos, v. 3,4,12,13; eremia 8.4). Diferente da Judéia, a Galiléia fértil e habitada não tinha desertos, só alguns lugares retirados.
katadiokein significa geralmente “perseguir com intenção hostil”, como p ex foi o caso de faraó perseguindo Israel, mas nem sempre: a LXX p ex diz no Sl 38.20 que o justo “segue o que é bom”, ou seja, persegue-a com empenho. De acordo com o Sl 23.6, bondade e misericórdia certamente nos “seguirão”! Também ali o contexto exclui qualquer hostilidade.
kosmopolis é uma povoação do tamanho de uma cidade, mas com estrutura administrativa de aldeia.
As cidades da Galiléia geralmente tinham uma conotação pagã, e a população judaica morava principalmente no interior. Ali JESUS procura os centros maiores.

Observação preliminar
Contexto. Com o v. 39 claramente se fecha um círculo. O relato retorna à pregação de JESUS no v. 14. Com isto, este último trecho serve principalmente para fazer uma avaliação equilibrada dos milagres de JESUS.
Evidentemente o relato afirma os milagres efetuados por JESUS, mas fica atento para ênfase exagerada e automaticidade.
35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu da casa e de Cafarnaum e foi para um lugar deserto e ali orava. Digna de menção é novamente a indicação dupla de tempo (cf. 1.32n). Ao marcar especificamente a hora antes do nascer do sol (cf. 13.35n), Marcos exclui que a oração de JESUS possa ser explicada pelo costume judaico da oração matinal. Os judeus piedosos oravam três vezes por dia: a primeira vez ao nascer do sol, a segunda lá pelas três da tarde, por ocasião do sacrifício vespertino no templo, e a terceira ao pôr-do-sol. Orar fora destes horários, e mesmo a qualquer hora, era encarado com ceticismo, às vezes até proibido, para não incomodar o Altíssimo (Bill. II, 237s, 1036).
JESUS, por sua vez, orava durante horas, e em ocasiões não tradicionais (cf. 6.46; 14.32ss), em Lc 6.12 até uma noite inteira. De todo modo, sua oração chamava a atenção (Lc 11.1). Ele era incomparável na oração, era o Filho. Deste modo, em meio ao movimento das curas em Cafarnaum, Marcos segue a linha do testemunho do Filho e enquadra nela os milagres de JESUS (cf. 1.27). Que eles não devem ser vistos à parte fica claro no v. 39. A oração de JESUS, aqui, em 6.46 e claramente em 9.29, está em relação com a operação de milagres.

36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. No contexto do versículo transparece que os discípulos tinham caído em uma corrente contrária ao envio de JESUS, deixando que fossem feitos porta-vozes da população ávida por milagres. Com isso eles se distanciam do seu papel de 3.14, de estar com ele. Esta é a primeira de uma série de passagens de mal-entendidos dos discípulos (4.13,40s; 6.50-52; 7.18; 8.16-21; 9.5s,19; 10.24,26; 14.37-41; sentido semelhante em 5.31; 6.37; 8.4,32s; 9.32). Talvez também haja um paralelo com 8.33: Pedro, bem-intencionado, sem querer se torna instrumento de Satanás, de modo que cai uma sombra de tentação de 1.12s sobre o presente episódio: o Filho e Satanás no deserto.
37 Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam. Sua oração em voz alta, como era costume na Antigüidade, acaba conduzindo-os para onde ele estava. Seguros de si eles interferem na sua devoção. Já não tinham “dito” a ele no dia anterior que alguém precisava dele (v. 30b), para ver seu serviço de intermediação confirmada por sua ajuda? Não deveriam eles continuar e conduzir a ele sempre mais carentes, ou levá-lo aos sofredores? Não cabia a eles comunicar-lhe que hoje de novo “toda a cidade” (v. 33) estava de pé à procura dele?
38 Não soava tentador este “todos te buscam”, somado ao seu envio a “todos” e aos “muitos” dos v. 32,34? Entretanto, a partir da sua comunhão completa com o Pai, ele repele a tentação: JESUS, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. Este “vim” não se refere à saída de Cafarnaum do v. 35, que fora com a finalidade de orar e não de pregar. Trata-se da vinda enviado pelo Pai, com uma tarefa especial. Esta última frase, portanto, tem profundidade cristológica, e pode ser comparada a 1.25; 2.17; 10.45. JESUS vem a campo ao encontro da sua missão, uma missão em termos em que
Cafarnaum não queria. Cafarnaum tomou a decisão errada, como Mt 11.23 confirma. “Buscar” e “encontrar”, no caso, têm um sentido negativo, como em Jo 6.24s e 14s. Certamente JESUS foi enviado a “todos”, mas o que é que Pedro, que só pensa em “todos” em Cafarnaum, sabe sobre “todos”! Ele e os que estão com ele parecem oferecer a JESUS uma ampliação impressionante da sua atuação, mas na verdade o estão atraindo a um beco. O beco é até geográfico, e JESUS escapa dele dizendo: “Vamos a outros lugares”. Ele não pode se limitar a um lugar, como João Batista (cf. 1.4). O beco também é objetivo, limitando-o a operar curas, quanto mais melhor, sem mudança de rei, sem restabelecimento da divindade de DEUS e da sua imagem no ser humano. O importante é que o corpo esteja são – esta é realmente a atrofia mais lamentável da boa notícia de DEUS do v. 15.
39 O v. 39 traz a concretização da palavra de JESUS: Então, foi por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles. Podemos identificar um estágio do seu ministério em que ele ainda pode tomar a palavra nas casas de reuniões dos judeus: mais tarde ele tinha de falar às pessoas nas margens do lago ou em regiões desertas (cf. 2.13). “Pregando” está ligado, como em 3.14s; 6.12, com o outro elemento principal da atuação de JESUS, que é ao mesmo tempo uma indicação indireta do conteúdo da mensagem: e expelindo os demônios. Ao derrotar e expulsar as forças inimigas, ele está refletindo a proclamação do reinado iminente de DEUS (opr 3 a 1.21-28). Com este mensageiro, DEUS está chegando e Satanás tem de retroceder. Apesar de JESUS ter acabado de sublinhar que ele viera para pregar, não devemos estranhar que os demônios sejam mencionados. Palavra e ação, para JESUS, andam juntos (cf. 1.27).


7. A purificação do leproso, 1.40-45 (Mt 8.1-4, Lc 5.12-16)
Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. JESUS, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. Fazendo-lhe, então, veemente advertência a , logo o despediu e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo. Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas cousas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder JESUS entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Em relação à tradução
a- embrimasthai, de brime, o resfolegar dos cavalos de guerra em Jó 39.20, em Mc 14.5 dito dos discípulos confusos, em Lm 2.6 do descontentamento de DEUS. Expressão muito forte.
b- ekballein obviamente não deve ser traduzido por “expulsar”, como no v. 39, como se estivesse falando com os demônios. A cura já estava realizada.
c- eis martyrion autois poderia ser testemunho da salvação. Em duas outras passagens de Marcos, porém, o testemunho é de comprovação (6.11; 13.9), razão pela qual esta possibilidade aqui não se cogita. Cf Dt 31.26; Js 24.26 no AT, Tg 5.3 no NT.
d- Este archesthai com infinitivo, sem ênfase, aparentemente desnecessário, encontra-se 26 vezes em Marcos e Lucas, 12 em Mateus (ex claros: Lc 3.8; Mc 6.7; At 1.1). De acordo com Mc 8.31 e 10.32 JESUS “começou” duas vezes a ensinar. Tabachowitz (p 24ss), porém, provou que a expressão é típica do grego bíblico (LXX), p ex Gn 6.1; 9.20; 10.8; 18.27, às vezes em tom muito solene: Dt 1.5; 2Sm 7.29 e Mq 6.13. Este é o efeito do archesthai “pleonástico” sobre nós. Por isso deve ser traduzido.
e- polla aqui não pode ter o sentido de que o curado anunciou “muitas coisas”, pois o objeto é identificado (logos). Como um termo típico de Marcos, ele deve ser entendido como advérbio: ele propalou de modo incansável e continuado; cf. 3.12; 5.10,23,43; 9.26; 15.3. Nos outros evangelhos o uso como advérbio falta completamente.
f- diaphemizein não é usado no NT de modo depreciativo no sentido de fofoca, mas com o sentido mais amplo de “proclamar” (At 8.4s; 9.20; 10.42; 2Tm 4.2).
g- logos aqui não é a palavra pregada como em 2.2; 8.32, mas só o acontecimento (contra Schreiber p 110, com Pesch e Gnilka).
Observações preliminares
1. Contexto. Sem indicação de tempo e lugar, na verdade sem nenhuma nota pessoal concreta, esta história não procede do contexto anterior do “dia em Cafarnaum” (opr 1 a 1.21-28), mas lhe foi acrescentada. Ela, contudo, se encaixa bem no tema. A palavra-chave “puro”, que aparece quatro vezes, lembra as três menções a “impuro” na primeira história (v. 23,26,27). Novamente JESUS se revela como o “SANTO de DEUS” (v. 24). Mais uma vez se destaca o que JESUS “pode” (compare o v. 41 com v. 22,27), ele é mal-entendido (cp v. 45 com v. 36), ele se retira para um lugar deserto (cp 45 com v. 35), repete-se o afluxo das massas e a pregação (cp v. 45 com v. 33,37,39). Com este apêndice Marcos coloca um ponto final forte, na verdade um ponto alto, dando voz à compaixão de JESUS (v. 41). Assim, ele interpreta a atuação de JESUS como cumprimento da mensagem de consolo de Israel: “O que deles se compadece” os “consolou”, e “dos seus aflitos se compadece”, “com grandes misericórdias”, com a “ternura” do seu coração (Is 49.10,13,15; 54.7s; 55.7; 63.15). A cura do leproso também tem relação com a salvação escatológica (cf. opr 3).
Por outro lado, novos tons se manifestam, que já preparam o bloco seguinte de narrativas, especialmente o traço anti-rabínico. JESUS não está eliminando a impureza demoníaca como no v. 23, mas a impureza cultual.
Com isto ele está rasgando a rede dos preceitos dos rabinos. Este tema passa para o centro a partir de 2.1, de modo que nossa passagem funciona como ponte entre os dois blocos de narrativas.
2. Lepra. Um “leproso” na verdade é alguém “com a pele descascando” (lepros, de lepein, descascar). Por isso a “lepra” (v. 42), diferente do sentido de hoje, abrangia alergias da pele em geral, das quais os rabinos tinham relacionado 72 (veja a relação de Lv 13), tanto curáveis como incuráveis. A lepra de hoje provêm de um bacilo que também produz tuberculose, e destrói os nervos periféricos; em seus primeiros estágios ela é curável. Atualmente calcula-se a número de leprosos em 20 milhões, dos quais uns 3 milhões estão em tratamento. Dependendo das circunstâncias, o doente, em um espaço de 20 a 30 anos, se transforma em uma carcaça repulsiva, e termina entrevado. – No caso presente devemos pressupor uma doença grave e incurável. A voz pode ter saído rouca e esganiçada de um rosto branco de escamas (cf. Êx 4.6, Lv 13.13; Nm 12.10; 2Rs 5.27). Um hálito malcheiroso se espalhava. Talvez o homem tenha-se arrastado com muletas até onde JESUS estava, sem força muscular e com alguns membros apodrecidos.
Na realidade, em nossa história o aspecto físico-médico nos interessa pouco. Em vez de palavras como “doente”, “curar”, “são” lemos sobre “purificar”, “puro”, “purificação”. “Puro – impuro”, porém, na Bíblia se refere à relação com DEUS e corresponde a “santo – profano”. A aparência do doente era tão repugnante que, nas circunstâncias daquela época não havia como não ver nela um castigo do céu. Uma pessoa assim devia ter cometido pecados tão graves que DEUS o rejeitou. A palavra hebr para lepra expressa que a pessoa foi atingida por DEUS, tanto que o judaísmo entendia o homem “ferido de DEUS” de Is 53.4 como leproso. Um sacerdote judeu dava ao leproso este conselho: “Vá, examine-se e converta-se. A lepra é conseqüência de blasfêmias, as escaras vêm por causa do orgulho”.
Assim se pode explicar as diretrizes tão duras para os leprosos. A intenção não era só evitar a contaminação dos bacilos, mas isolar alguém que foi marcado por DEUS e proteger a comunidade dele.
Ninguém deveria tornar-se culpado pelo contato com este miserável, e macular-se. Ao menor toque a “impureza” seria transmitida, diante de DEUS. Por isso Lv 13.45s diz: “O leproso trará suas vestes rasgadas e seus cabelos desgrenhados (gestos de arrependimento!); cobrirá o bigode e clamará: „Impuro! Impuro!‟…” Os escritos judaicos reforçam isto: “Quando um leproso entra numa casa, todos os objetos nela se tornam impuros, até a trave do teto”. Na verdade o país inteiro se torna impuro com estes doentes. As cidades eram consideradas mais puras que o restante do país, porque os leprosos eram expulsos para fora dos muros sob a ameaça de chicotadas, o que lá não era possível. Jerusalém era uma destas cidades. O culto no templo era proibido aos leprosos, enquanto que em sinagogas nas aldeias eles podiam participar, trancados em salas especiais. De um rabino se conta que ele se escondia quando vinha um leproso. Era obrigatório manter 4 côvados (1,3 m) de distância de um leproso em dias sem vento, no mais até 100 côvados. Um rabino jogou pedras num leproso: “Vá para o seu lugar e não manche as pessoas!” Outro não comia ovos postos por uma galinha da rua de um leproso. Um doente destes, então, tinha um destino terrível ao triplo: ferido por DEUS, expulso pela comunidade, para si mesmo um nojo. Era considerado um morto-vivo: “Quatro são comparados ao morto: o pobre, o leproso, o cego e o que não tem filhos” (cf. Nm 12.12).
Nada mais lógico do que, em conseqüência, considerar a cura da lepra como uma ressurreição. Só podia ser esperada de DEUS. Quando o rei de Israel, em 2Rs 5.7, leu a ordem de curar o leproso Naamã, e exclamou, horrorizado: “Acaso, sou DEUS com poder de tirar a vida ou dá-la?” (cp para o tema geral Bill. IV, 745ss).
3. Variantes textuais para v. 41. Para a expressão “profundamente compadecido” no v. 41 há uma variante digna de nota. O Códice de Cambrigde (D), tardio e com lacunas em vários sentidos, nos surpreende como o único manuscrito grego que nesta passagem traz “e irado”. Entretanto, como quase todos os intérpretes mais recentes dão preferência a esta variante, vendo no texto que conhecemos um arredondamento, o caso carece de uma explicação.
O códice é bilingüe, com o texto grego na coluna da esquerda e um texto em latim na direita. Neste códice, portanto, os dois lados falam da ira de JESUS. Ele, porém, provavelmente provêm de uma região em que havia um certo interesse pelo texto grego, mas o latim era a língua corrente, razão pela qual o texto latino era necessário. Com isto o manuscrito faz parte da tradição latina, e temos três outros manuscritos, dos séculos IV, V e VII, que escrevem sobre a ira de JESUS. Como, porém, esta expressão pode ter entrado na tradição latina? No Códice de Cambrigde foi identificada certa influência síria, com base em outros sinais, e, como a variante acima também se encontra no evangelho sírio de Taciano (escrito por volta de 180), a sua origem poderia estar com Taciano. Ele ou sua fonte podem ter aproximado o v. 41 do v. 43, onde JESUS também trata o homem com dureza. Ou simplesmente aconteceu um engano, pois a palavra aramaica subjacente pode ser facilmente confundida com uma outra (B. M. Metzger). – Em conclusão: uma tradição bastante forte, antiga e boa testifica que JESUS estendeu ao leproso sua mão cheia de compaixão, não cheia de ira contra demônios ou professores da lei. Disto fala só um filete muito tênue da tradição.
Com freqüência levanta-se contra a autenticidade do texto de Marcos, que “profundamente compadecido” falta em Mateus e Lucas. “Irado”, porém, também falta! Eles costumam deixar fora as “demonstrações de
emoção” de JESUS. Lc 9.10 não tem o “compadeceu-se” de Mc 6.34, Mt 19.21 e Lc 18.22; Mt 19.14 pulam o “fitando-o, o amou” de Mc 10.21, Mt 19.14 e Lc 18.16 também ignoram a irritação de JESUS em Mc 10.14,
como Mt 12.12 e Lc 6.10 a ira de JESUS em Mc 3.5. Ninguém, porém, questiona a autenticidade do texto de Marcos.

40 Aproximou-se dele um leproso. Com a omissão de todos os dados sobre origem, destino e composição, este homem se torna modelo para todos que sofrem por não serem aptos para DEUS (opr 3), e da constatação: “eu não combino com ele, não sirvo para a convivência permanente com DEUS. Isto me sobrecarrega, não consigo me livrar de uma consciência pesada crônica. Não sou espiritual, mas um mundano típico, só lambuzado um pouco com maquiagem cristã. Na devoção da igreja eu me sinto como um corpo estranho. Não sou autêntico.” “Seria, porventura, o mortal justo diante de DEUS? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?” (Jó 4.17).
Do v. 45 entende-se que o miserável forçou a passagem até JESUS no meio de um povoado. Ele simplesmente rompeu a zona de proteção com que os sadios tinham-se cercado. Quando ele surge, para horror dos circundantes, num piscar de olhos os lugares ficam vazios. Só JESUS não foge. JESUS deixa que ele se aproxime. Até aqui se falou que JESUS “veio” (v. 7,9,14,21,24,29,35,38); agora alguém vem a ele (aqui e no v. 45), demonstrando que entendeu a vinda dele. O doente roga-lhe, de joelhos, como se pede a um Todo-Poderoso: Se quiseres, podes purificar-me. Com isto ele está dizendo: Este pode! Bem diferente do pai do jovem lunático de 9.22: “Se tu podes alguma coisa…”A expressão: “Se quiseres”, que JESUS retoma em sua resposta: “Eu quero!”, é levada pouco em consideração pelos comentadores. O homem tem confiança que JESUS pode, mas, apesar da sua miséria indizível e de sua ânsia compreensível de ser curado, ele não assedia JESUS. Em sentido literal, o que ele diz nem é um pedido, mas uma constatação, uma homenagem. Em rendição extrema ele se prostra aos seus pés e diz duas vezes “tu”, e só mais uma vez “eu”. “Se quiseres” lembra o que diz alguém diante da última instância; é linguagem da oração. Diante do Altíssimo esta submissão ao “se” divino é absolutamente apropriada (At 18.21; 1Co 4.19; Tg 4.15). O próprio JESUS praticou isto (Lc 22.42; cf. Mc 14.36) e o ensinou aos seus discípulos (Mt 6.10). Ao aplicar esta forma de tratamento a JESUS, o pedinte está tateando pelo Filho. Ele lhe atribui uma dignidade que ultrapassa em muito a autoridade dos profetas. Eles também “podiam” fazer milagres, mas não todos que
queriam ou que lhes eram solicitados. Eles mesmos estavam debaixo do “se DEUS quiser”. Ao encontrar JESUS, no entanto, o leproso deu de encontro com o próprio DEUS (cf. 1.3). De acordo comMt 11.27, JESUS em pessoa é a vontade de DEUS de salvar, estendida a nós: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” E Jo 5.21 (cf. 17.24; 21.22): “Assim como o pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica a quem quer”. Comparamos também com Mc 3.13: “Chamou os que ele mesmo quis”.
41 Quatro verbos esboçam a reação de JESUS ao pedido do homem a seus pés. O primeiro é compadecendo-se. Os sinóticos, em doze passagens, nenhuma vez usam este termo para a compaixão humana. Ele expressa a amplidão da misericórdia de DEUS. Por isso também não se vê uma “expressão emocional” de JESUS aqui; sua divindade é testificada. O campeão, como o qual JESUS foi descrito nas histórias anteriores, levanta um pouco a viseira e mostra seu rosto: ele é a disposição poderosa de DEUS para ajudar (cf. 6.34n). No segundo verbo sua compaixão se torna ação: estendeu a mão. Em JESUS, DEUS faz uma ponte entre ele e os excluídos (1.31; At 4.30).
Em terceiro lugar lemos: tocou-o. Este toque, sem ser qualificado por um objeto, fica ainda maior. Ele é guarnecido, por assim dizer, por três pontos de exclamação. Este toque quebra o sistema judaico em um lugar decisivo (opr 3), na verdade, o sistema do mundo. O céu desce até a terra, DEUS volta para sua pobre gente. Esta quebra da desesperança e da sua cobertura de dogmatismo se repete sempre de novo em Marcos, mesmo que não com tanto destaque como aqui (3.10; 7.33; 8.22; 10.13; cf. 5.27,31; 6.56).
Por último, JESUS fala na autoridade perfeita de DEUS: Quero, fica limpo! Os espectadores podem ter imaginado horrorizados que, neste toque, o puro ficou impuro. Entretanto, o puro purificou o impuro (cf. 1.24) e o envolveu na imensa bondade de DEUS. “Já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS” (Rm 8.1).
42 No mesmo instante – esta palavrinha muitas vezes, em Marcos, chama a atenção para um milagre em andamento (1.12n) – lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. Foi o atendimento simples do pedido do v. 40, com diferenças marcantes das curas de lepra que o AT nos relata (Nm 12.14s; 2Rs 5.8-14).
43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, ouvimos com surpresa. O compassivo de repente se torna um lutador ofegante. Da sua própria compaixão brota a irritação, porque vê sua obra em perigo. Sua ira, porém, aqui não pode referir-se ao poder da doença, como em Jo 11.33,38, pois este já foi quebrado. Além disso, aqui se diz que JESUS se dirigiu de forma dura ao purificado, não a outra coisa. Exaltado, JESUS logo o despediu, mandando-o embora da cidade. Ele quer separá-lo da multidão e de certo tipo de divulgação, como o v. 44 mostrará. As conseqüências lamentáveis desta propaganda apressada e arbitrária aparecem no v. 45: a apresentação de JESUS nas sinagogas da província foi interrompida.
44 E lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém. Se esta ordem de silêncio significasse que não deveria falar sobre sua purificação com ninguém, o contraste seria gritante com o trecho seguinte do versículo. Naturalmente o sacerdote e a sinagoga precisavam ficar sabendo oficialmente da sua cura. Afinal de contas, ele não fora purificado para continuar bancando o impuro, mas para pertencer novamente ao povo de DEUS. Como o cego de Jo 9.11,15, ele haveria de dar testemunho da sua cura por JESUS.
Então, o que é que ele não deveria dizer? Pesch acha que ele não deveria revelar a fórmula de cura de JESUS. Schmithals vê aqui a dica de que um tempo sagrado de silêncio deveria ser guardado antes da manifestação no templo. O sentido da proibição, porém, deve ser depreendido do diálogo dos v. 40,41. Ele roçou o mistério da pessoa de JESUS: nele retornaram a intenção de DEUS de criar e salvar. Ele não é só profeta, mas o cumprimento da profecia, o “Filho” de 1.11. Nenhuma palavra sobre isto! Para o motivo, veja 1.34; 3.11s. Só que este purificado quebrou o mandamento de silêncio. Este é um traço constante em Marcos. Mesmo onde lampeja certa compreensão de quem é JESUS, até entre os mais fiéis e com as melhores intenções, ao mesmo tempo se vê esta incompreensão. O “Filho” é solitário também entre seus mais próximos (14.27-31) – eles chegam a calcá-lo aos pés (Jo 13.18). Este gesto de falar “por” JESUS, sincero mas tão dolorosamente enganado, coincide, em sua tendência, com o modo de ser de Satanás (1.25,34; 3.12; 8.33). Assim se explica a dureza marcante de JESUS neste lugar. Desde o batismo, Satanás quer atrair o Filho para longe do caminho da cruz, do caminho do Filho de DEUS isaiano para o do filho de DEUS helenista (opr 1 a 1.9-11). Para isto ele se esconde atrás do povo ávido por milagres, e até de discípulos dedicados.
JESUS continua: mas vai, mostra-te ao sacerdote. Este que fora trazido de volta à comunhão com DEUS também deveria ser reintegrado em Israel, de toda forma reocupar seu lugar na sociedade.
Ligação com DEUS e contatos sociais estão relacionados. Assim, JESUS envia o homem às instâncias respectivas. A primeira parada não é logo Jerusalém. Os milhares de sacerdotes e levitas moravam espalhados pelo país, e também na Galiléia sua presença é atestada. Lv 14 qualificava todo sacerdote para fornecer um atestado de saúde e pronunciar a purificação (Bill. IV, 758). Mais tarde, depois de certo tempo de espera, um sacrifício no templo em Jerusalém era devido (Lv 14.10,21s). Por isso JESUS acrescenta: e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou.
Contudo, o que significa a conclusão curta para servir de testemunho ao povo? “Testemunho” neste caso dificilmente pode ser limitado à confirmação verbal. Preste atenção no plural, que inclui tanto o sacerdote na Galiléia ao qual o purificado se apresentaria, como o sacerdote em Jerusalém que ajudaria a oferecer o sacrifício. Todo este processo passa a ser um testemunho: um homem se apresenta aos sacerdotes e, em resposta às perguntas, conta o que JESUS fez e refere às prescrições de Moisés, por ordem de JESUS. Desta forma, JESUS, Moisés e a própria convicção deles, de que só DEUS pode curar a lepra, acusam sua incredulidade e os conclamam à fé. A história pode ser de uma época em que JESUS já vivia em tensão com “eles”.
45 Certamente o purificado trilhou o caminho pelas instâncias competentes, pois sem a declaração de pureza de um sacerdote não havia como ser reintegrado na sociedade, mesmo faltando-lhe a qualificação para a divulgação entre o povo, da qual se fala em seguida: Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas cousas e a divulgar a notícia. Ele deveria ser testemunha, mas só na esfera dos procedimentos jurídicos. Por conta própria ele se transformou em arauto que cruza a província, transgredindo seu encargo (diferente do que foi curado em 5.19s). JESUS sofreu as conseqüências: a ponto de não mais poder JESUS entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos. Deste versículo já falamos acima, no v. 44.

Este ritmo de revelação e dissimulação passa como uma série de ondas por todo o livro. Em 7.36 diz expressamente: “Quanto mais recomendava, tanto mais eles o divulgavam”. E em 7.24: “Não pôde ocultar-se”. Ele proibiu severamente a divulgação, mas a compreensão errada frustou seu intento. Só que ele suportou estas frustrações e não interrompeu seu ministério, pelo contrário, levou-o à frente com ímpeto cada vez mais forte, apesar das circunstâncias cada vez mais difíceis. Aqui o resultado da sua atuação prejudicada é um novo e grande êxodo, que lembra 1.4: e de toda parte vinham ter com ele.


INTERAÇÃO

A palavra vaidade no meio evangélico, muitas vezes, é compreendida de maneira equivocada. Além de significar biblicamente, e de acordo com Salomão, "tudo o que passa" (Ec 1.2; 12.8); a palavra "vaidade" aponta para a ideia de hipervalorização pessoal: a busca intensa de reconhecimento e admiração dos outros. É o desejo intenso do poder pelo poder; das riquezas pelas riquezas; da fama pela fama. Isso sim, é o pleno mundanismo batendo nas portas de muitos arraias evangélicos! Verdadeiramente, essa não é a verdadeira motivação do crente. E muito menos a do Evangelho de JESUS de Nazaré!


OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Compreender qual deve ser a verdadeira motivação do crente.

Conscientizar-se de que não fomos chamados para a fama.

Saber que o anonimato não é sinônimo de derrota.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Leve para a classe jornais e revistas antigos. Distribua entre os alunos e peça para pesquisarem reportagens e figuras de pessoas "famosas" (artistas, cantores de música gospel, pregadores, políticos, etc.) de cunho secular e evangélico. Depois, peça que os alunos comentem as figuras e em seguida discuta com a classe as seguintes questões: "O que é fama?" "Qual a diferença entre ser famoso e ser bem-sucedido?"

Conclua explicando que devemos seguir o exemplo de JESUS. Ele nunca buscou a fama e até incentivou a prática anônima da vida cristã. O anonimato não é sinônimo de derrota.


RESUMO DA LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

1. O crente fiel dispensa a vaidade.

2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar.

3. O crente fiel não se porta soberbamente.

II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA

1. O que é fama.

2. O problema.

III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA

1. A verdadeira sabedoria.

2. A simplicidade.

3. O equilíbrio.


SINÓPSE DO TÓPICO (1) A verdadeira motivação cristã dispensa a vaidade, não deseja o primeiro lugar e não se porta soberbamente.

SINÓPSE DO TÓPICO (2) O ser humano, criado por DEUS, não foi feito para a fama.

SINÓPSE DO TÓPICO (3) A verdadeira sabedoria cristã consiste na simplicidade e no equilíbrio (bom senso) das coisas.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico

"Os Apelos da Consciência

O apóstolo Paulo entendeu a ligação entre uma consciência cristã e uma mente espiritual. Ele escreveu: 'Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de CRISTO' (1 Co 2.15,16). O cristão que tem a mente de CRISTO conhece a sua vontade e seu propósito, por isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais estabelecidos por sua Palavra. Quando praticamos alguma ação, dizemos uma palavra, pensamos algo ou adotamos alguma atitude, devemos agir com uma mente espiritual. Ao avaliar essas várias situações, nossa consciência acenderá sua luz verde ou vermelha, concordando ou discordando; acusando ou defendendo. O julgamento da consciência será de acordo com o senso de justiça que a estiver dominando, se estiver purificada, jamais ela concordará com o erro; se contaminada, ela não conseguirá julgar corretamente. Devemos sempre comparar nossas ações à luz da justiça que a Bíblia apresenta. Nossas ações devem corresponder à uma consciência baseada na Palavra de DEUS (2 Tm 3.16,17)" (CABRAL, Elienai. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.134).


VOCABULÁRIO

Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas observáveis em diferentes processos patológicos (doenças) sem causa específica.

Mídia: Conjunto dos meios de comunicação social de massas [televisão, jornal, revistas, internet, etc.].

Narcisista: Aquele voltado para si mesmo; para a própria imagem.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

CABRAL, Elienai. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.


SAIBA MAIS PELA - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 51, p.42.



QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 13, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

Responda conforme a revista da CPAD do 3º Trimestre de 2012


Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas



TEXTO ÁUREO

1- Complete:

"Mas tu, quando __orares__, entra no teu __aposento__ e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está __oculto__; e teu Pai, que vê o que está oculto, te __recompensará__" (Mt 6.6).


VERDADE PRÁTICA

2- Complete:

A verdadeira __motivação__ do crente não está na __fama__ ou no poder, mas em viver para __glorificar__ a CRISTO.


INTRODUÇÃO
3- De que maneira a sociedade em que vivemos se comporta?

( ) Vivemos numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser.

( ) Sofremos pressões diárias para vivermos de forma materialista.

( ) Fama, poder e influência política procuram atrair-nos.

( ) Quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no anonimato, perde o total controle da situação. Ela percebe não ser mais o centro das atenções.


4- Certamente não é a vontade de DEUS que seus filhos busquem o estrelato terreno, qual deve ser o verdadeiro sentido da vida cristã?

( ) O verdadeiro sentido de viver é à luz do exemplo de simplicidade evidenciado na vida de JESUS de Nazaré.

I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
5- O que é vaidade?

( ) Além de significar o que é "vão" ou "aparência ilusória", o termo vaidade, segundo o dicionário Houaiss, designa a ideia de "valorização que se atribui à própria aparência".

( ) É o desejo intenso de a pessoa ser reconhecida e admirada pelos outros. Isso é vaidade!


6- Por que a motivação verdadeiramente cristã dispensa a vaidade?

( ) Quando lemos as Sagradas Escrituras percebemos que "o buscar a glória para si" é algo absolutamente rechaçado pela Palavra de DEUS (Jo 3.30).

( ) A Palavra revela que o servo de CRISTO não deve, em hipótese alguma, ser motivado por essa cobiça (Mc 9.30-37).


7- Por que o crente fiel não deseja o primeiro lugar?

( ) Ao lançar mão de uma criança e apresentá-la entre os discípulos, ensinava o Senhor JESUS uma extraordinária lição: no coração do verdadeiro discípulo deve haver a mesma inocência e sinceridade de um infante (Mc 9.36).

( ) Entre os seguidores do Mestre não pode haver espaço para disputas, intrigas e contendas.

( ) No Reino de DEUS, quem deseja ser o "primeiro" revela-se egoísta, mas quem procura servir ao próximo é chamado pelo Mestre para ser o primeiro (Mc 10.42-45).

( ) Aqui, se estabelece a diferença entre o vocacionado por DEUS e o chamado pelo homem.


8- Por que o crente fiel não se porta soberbamente?

( ) O livro de Provérbios demonstra com abundantes exemplos e contundentes palavras do que o ser humano é capaz quando o seu coração é dominado pela soberba e pelo desejo desenfreado pela fama (Pv 6.16-19; 8.13).

( ) O soberbo"se apressa em fazer perversidade"; "usa de língua mentirosa"; "semeia contendas entre irmãos"; e, "com olhos altivos", assiste as consequências dos seus atos sem pestanejar, arrepender-se ou sensibilizar-se.

( ) Isso, absolutamente, não é a verdadeira motivação do crente fiel!

( ) A motivação do discípulo do Meigo Nazareno está em servir ao Senhor com um coração íntegro e sincero diante de DEUS e dos homens (Jo 13.34,35).

II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA
9- O que é fama?

( ) É o conceito (bom ou mau) formado por determinado grupo em relação a uma pessoa.

( ) Para que tal conceito seja formado em relação a si, é preciso tornar-se o centro das atenções.

( ) Lamentavelmente, a síndrome de "celebridade" chegou aos arraiais evangélicos.


10- Responda segundo os seguintes textos bíblicos (Jo 3.30; 5.30; 8.50; Rm 12.16; 2 Co 11.30):

O ser humano, criado por DEUS, foi feito para a fama? ______________

O homem, como o centro das atenções, é algo cristão? _______________

Uma classe de privilegiados e outra de meros coadjuvantes é projeto de DEUS à sua Igreja? _____________

Desenvolver o poder de influência política e midiática, segundo as categorias desse mundo, é expandir o reino divino? ____________


11- O que pode ocasionar o espaço na mídia?

( ) Pode oferecer a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em todas as coisas, gerando em muitos corações, até mesmo de crentes, uma aspiração narcisista pelo sucesso (2 Tm 3.1-5).

( ) Quando a fama sobe à cabeça, a graça de DEUS desaparece do coração!

( ) Buscar desenfreadamente a fama é a maior tragédia na vida do crente.

( ) Este, logo perde a essência da alma e a sua verdadeira identidade cristã.

( ) Nessa perspectiva, o Evangelho declara: "Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?" (Lc 9.25).

III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA
12- Como é a verdadeira sabedoria? Complete:

O livro de Eclesiastes relata a história de um pobre homem __sábio__ que livrou a sua __cidade__ das mãos de um rei opressor (Ec 9.13-18). No entanto, o povo logo o __esqueceu__. Ele, porém, não deu importância alguma para isso, pois o que mais queria era livrar, de uma vez por todas, a sua querida cidade das mãos do tirano. A __fama__ e o desejo de ser reconhecido passavam longe do seu __coração__. Afinal, o que caracteriza a verdadeira sabedoria é o "__temor__ do Senhor" (Pv 1.7).


13- Como era a simplicidade de JESUS?

( ) O maior exemplo de simplicidade e equilíbrio temos na vida de JESUS de Nazaré.

( ) A leitura bíblica em classe descreve-nos a sábia atitude de JESUS em não deixar-se seduzir pela fama e retirar-se na hora apropriada.

( ) O Nazareno sabia exatamente da sua missão a cumprir (Jo 5.30).

( ) Quando percebeu que a multidão desejava fazer dEle um referencial de fama, CRISTO retirou-se para não comprometer a sua missão (Mc 1.45).

( ) O Mestre é o nosso maior exemplo de simplicidade e equilíbrio no trato com as multidões.

( ) Enquanto estas o procuravam, Ele se refugiava em lugares desérticos (Mt 14.13; Mc 1.45).


14- Como encontrar o equilíbrio? Complete:

No mundo contemporâneo, somos pressionados a sermos sempre os __melhores__ em todas as coisas. O Evangelho, entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse __fardo__ mundano (Mt 11.30). Você não precisa viver o __estresse__ de ser quem não é! Você deve tornar-se o que o Senhor o __chamou__ para ser. Não tente provar nada a ninguém. O Filho de DEUS conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas __intenções__, pensamentos e __desejos__ mais íntimos. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar __fama__. A ilusão midiática não passa disso - é apenas uma ilusão! Nunca foi a vontade de JESUS que seus filhos se curvassem à __fama__, ao sucesso, à __riqueza__ ou ao poder. Façamos o contrário, prostrando-nos aos pés de CRISTO e fazendo do Calvário o nosso verdadeiro __esteio__. Se há alguma coisa em que devemos gloriar-nos, que seja na __Cruz__ de CRISTO (1 Co 2.2; Gl 6.14).

CONCLUSÃO

15- Complete:
Como estudamos na lição de hoje, a __fama__ não pode ser a __motivação__ do crente. E o __anonimato__ não significa derrota alguma para aqueles que estão em CRISTO JESUS. O Meigo Nazareno chega a incentivar a prática __anônima__ da vida cristã (Mt 6.1-4). A pureza, a __simplicidade__ e a sinceridade são os valores do Reino de DEUS que nem sempre são entendidos pelos incrédulos. Todavia, somos chamados a manifestar esses valores em nossa vida. Portanto, não se preocupe com o __anonimato__, mas deseje agradar ao Senhor que criou os céus e a terra. Pois estes manifestam a sua existência e provam que Ele __esquadrinha__ as intenções dos nossos pensamentos e corações.




RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

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