LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA


LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
 
 
TEXTO ÁUREO 
"[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros"  (1 Sm 15.22).
 
 
VERDADE PRÁTICA 
A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 10.12,13 A rejeição do sacrifício formal
Terça - Is 1.15-17 Ritos sem piedade nada valem
Quarta - Mt 12.7 A piedade é maior que sacrifícios
Quinta - Mt 21.28-31 Prática e teoria da obediência
Sexta - Mt 23.23 O dízimo não substitui a piedade
Sábado - Lc 18.10-14 A lição do fariseu e do publicano
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Miqueias 1.1-5; 6.6-8
Miqueias 1.1-5
1 Palavra do SENHOR que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém. 2 Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor JEOVÁ testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade. 3 Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra. 4 E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam em um abismo. 5 Tudo isso por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

Miqueias 6.6-8
6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o DEUS altíssimo? virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? 7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? 8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu DEUS?
 
Miquéias 4—5: o alvo de DEUS —uma nova Jerusalém como cidade-templo à qual todos se dirigirão para adorar.
SIGNIFICADO DO NOME - Quem é igual a Jeová?
PROFETIZOU PARA: Israel e Judá
MENSAGEMIra divina
 
 
Esboço e comentários da BEP - CPAD
I. Juízo contra Israel e Judá (1.1—3.12)
A. Introdução (1.1)
B. Predição da Destruição de Samaria (1.2-7)
C. Predição da Destruição de Judá (1.8-16)
D. Pecados Específicos do Povo de DEUS Que Requerem Castigo (2.1-11)
1. Cobiça e Orgulho (2.1-5)
2. Falsos Profetas (2.6-11)
E. Primeiro Vislumbre do Livramento Prometido (2.12,13)
F. Pecados Específicos dos Líderes do Povo de DEUS (3.1-12)
1. Injustiça e Opressão (3.1-4)
2. Falsa Profecia (3.5-7)
3. Miquéias, Um Profeta Verdadeiro (3.8)
4. Resumo dos Pecados dos Líderes (3.9-12)
II. Mensagem Profética de Esperança (4.1—5.15)
A. A Promessa do Reino Vindouro (4.1-5)
B. Derrota dos Inimigos de Israel (4.9-13)
C. O Rei Que Virá de Belém (5.1- 8)
D. A Natureza do Novo Reino (5.6-15)
III. O Litígio de DEUS contra Israel e Sua Misericórdia Final (6.1—7.20).
A. O pleito de DEUS contra Seu Povo (6.1-8)
B. A Culpa de Israel e o Castigo Divino (6.9-16)
C. O Lamento Doloroso do Profeta (7.1-6)
D. A Esperança Pessoal do Profeta (7.7)
E. Israel Será Reestabelecido (7.8-13)
F. As Bênçãos Finais de DEUS para Seu Povo (7.14-20)

Autor: Miquéias
Tema: Juízo e Salvação Messiânica
Data: Cerca de 740—710 a.C.

Considerações Preliminares
O profeta Miquéias era originário da pequena cidade de Moresete-Gate (1.14) no sul de Judá, área agrícola a 40 km ao sudoeste de Jerusalém. À semelhança de Amós, era homem do campo, e provinha com certeza de família humilde. Se Isaías, seu contemporâneo em Jerusalém, assistia ao rei e observava o cenário internacional, Miquéias, um profeta do campo, condenava os governantes corruptos, os falsos profetas, os sacerdotes ímpios, os mercadores desonestos e os juízes venais, que havia em Judá. Pregava contra a injustiça, a opressão aos camponeses e aldeões, a cobiça, a avareza, a imoralidade e a idolatria. E advertiu sobre as severas conseqüências de o povo e os líderes persistirem em seus maus caminhos. Predisse a queda de Israel e de sua capital, Samaria (1.6,7), bem como a de Judá, e de sua capital, Jerusalém (1.9-16; 3.9-12).
O ministério de Miquéias foi exercido durante os reinados de três reis de Judá: Jotão (751—736 a.C.), Acaz (736—716 a.C.) e Ezequias (715—687 a.C.). Algumas de suas profecias foram proferidas no tempo de Ezequias (cf. Jr 26.18), porém a maioria delas reflete a condição de Judá durante os reinados de Jotão e de Acaz, antes das reformas promovidas por Ezequias. Não há dúvida de que o seu ministério, juntamente com o de Isaías, ajudou a promover o avivamento e as reformas dirigidas pelo justo rei Ezequias.

Propósito
Miquéias escreveu a fim de advertir a sua nação a respeito da certeza do juízo divino, para especificar os pecados que provocavam a ira de DEUS, e para resumir a palavra profética dirigida a Samaria e a Jerusalém (1.1). Predisse, com exatidão, a queda de Israel; profetizou que destruição semelhante seria sofrida por Judá e Jerusalém em conseqüência de seus pecados e flagrante rebeldia. Este livro, portanto, preserva a grave mensagem de Miquéias às últimas gerações de Judá antes de os babilônios invadirem a nação. Além disso, faz uma contribuição importante à revelação total do Messias vindouro.

Visão Panorâmica
O livro de Miquéias consiste numa mensagem de três partes: (1) recrimina Israel (Samaria) e Judá (Jerusalém) pelos seus pecados específicos que incluem a idolatria, o orgulho, a opressão aos pobres, os subornos entre os líderes, a cobiça e a avareza, a imoralidade e a religião vazia e hipócrita; (2) adverte que o castigo divino está para vir em decorrência de tais pecados; e (3) promete que a verdadeira paz, retidão e justiça, prevalecerão quando o Messias estiver reinando. Igual atenção é dedicada aos três temas do livro.
Visto por outro prisma, os capítulos 1—3 registram a denúncia que o Senhor faz dos pecados de Israel e de Judá, e de seus respectivos líderes, e a iminente ruína destas nações e suas respectivas capitais. Os capítulos 4—5 oferecem esperança e consolo ao remanescente no tocante aos dias futuros, em que a Casa de DEUS será estabelecida em paz e retidão, e a idolatria e a opressão serão expurgadas da terra. Os capítulos 6—7 descrevem a queixa de DEUS contra seu povo, como se fora uma cena de tribunal. DEUS apresenta a sua causa contra Israel. Em seguida, Israel confessa a sua culpa, e logo há uma oração e promessa em favor dos filhos de Abraão. Miquéias encerra o livro, com um jogo de palavras baseado no significado do seu próprio nome: “Quem, ó DEUS, é semelhante a ti?” (7.18). Resposta: Somente Ele é misericordioso, e pode dar o veredito final: “Perdoado” (7.18-20).

Características Especiais
Cinco aspectos básicos caracterizam o livro de Miquéias. (1) Defende, à semelhança de Tiago, a causa dos camponeses humildes explorados pelos ricos arrogantes (cf. 6.6-8; cf Tg 1.27). Em seguida, Miquéias pronuncia sua exortação mais grave e memorável acerca das exigências divinas a Israel: “que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu DEUS” (6.8). (2) Parte da linguagem de Miquéias é austera e direta; noutras ocasiões, é eloqüentemente poética com o complexo uso de jogos de palavras (e.g., 1.10-15). (3) Tal como o profeta Isaías (cf. Is 48.16; 59.21), Miquéias expressa nítida consciência de sua chamada e unção proféticas: “Mas, decerto, eu sou cheio da força do ESPÍRITO do SENHOR e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (3.8). (4) O livro traz uma das mais grandiosas expressões da Bíblia sobre a misericórdia de DEUS e a sua graça perdoadora (7.18-20). (5) O livro contém três importantes profecias citadas noutras partes da Bíblia: uma que salvou a vida de Jeremias (3.12; cf. Jr 26.18), outra que diz respeito ao local onde o Messias haveria de nascer (5.2; cf. Mt 2.5,6), e ainda uma outra usada pelo próprio JESUS (7.6; cf. Mt 10.35,36).

O Livro de Miquéias ante o NT
Assim como outros profetas do AT, Miquéias olhou para além do castigo de DEUS a Israel e Judá, e contemplou o Messias vindouro e seu reino justo na terra. Setecentos anos antes da encarnação de CRISTO, Miquéias profetizou que Ele haveria de nascer em Belém (5.2). Mateus 2.4-6 narra que os sacerdotes e escribas citaram este versículo como resposta à pergunta de Herodes concernente ao lugar onde o Messias nasceu. Miquéias revelou, também, que o reino messiânico seria de paz (5.5; cf. Ef 2.14-18), e que o Messias pastorearia o seu povo com justiça (5.4; cf. Jo 10.1-16; Hb 13.20). As referências freqüentes de Miquéias sobre a redenção futura, revelam que o propósito e desejo permanente de DEUS para o seu povo é a salvação, e não a condenação. Tal verdade é desdobrada no NT (e.g., Jo 3.16).
 
CAPÍTULO 1
1.1 MIQUÉIAS. Miquéias, habitante do sul de Judá, profetizou entre 750 e 687 a.C. Era contemporâneo de Isaías (cf. Is 1.1) e Oséias (cf. Os 1.1; ver a introdução de Miquéias). Sua mensagem foi dirigida principalmente a Judá (o Reino do Sul), embora também houvesse tido revelações a respeito de Israel (o Reino do Norte). Apesar de o tema predominante de Miquéias ser o juízo, ele também discorreu sobre a restauração do povo de DEUS.
1.1 SAMARIA E JERUSALÉM. Samaria era a capital de Israel; e Jerusalém, a de Judá. Ambas as cidades representavam nações apóstatas condenadas por DEUS (vv. 5-7).
1.5 PREVARICAÇÃO... PECADOS. O povo seria castigado por causa dos seus pecados: idolatria (v. 7), imoralidade (v. 7), crime e injustiça (2.1,2). Os pecados que grassavam nas capitais eram os mesmos cometidos em todas as partes de Judá e Israel.
1.6 FAREI DE SAMARIA UM MONTÃO. Esta profecia tornou-se realidade em 722 a.C., quando os assírios destruíram completamente a cidade (ver 2 Rs 17.1-5). Deu-se o seu cumprimento, por conseguinte, pouco depois de Miquéias tê-la proferido.
1.8,9 POR ISSO, LAMENTAREI, E UIVAREI. Miquéias lamentou a queda de Samaria (Israel; cf. v. 6). Ficou profundamente infeliz por terem os israelitas rejeitado a DEUS, e agora, precisavam ser castigados. Também sentimos lástima e pesar quando nossos semelhantes persistem em pecar contra DEUS? Lamentemos por eles, pois estão a caminho de sua própria perdição.
1.9 CHEGOU ATÉ JUDÁ. Judá era igualmente culpada de transgressão e rebelião contra DEUS. Por isso, Miquéias convoca certas cidades em Judá (vv. 10-16) a lastimarem a destruição que estava prestes a se abater sobre elas. A profecia de Miquéias foi cumprida quando Senaqueribe tomou as cidades muradas de Judá (2 Rs 18.13). Segundo os registros assírios, foram tomadas quarenta e seis delas.
1.16 FAZE-TE CALVA. Tosquiar os cabelos era sinal de tristeza. Por isso, Miquéias conclama o povo de DEUS a se pôr de luto desde já. (1) O castigo seria severo. Os filhos dos hebreus seriam tirados destes e levados ao cativeiro. Miquéias exorta o povo a não desviar-se do Senhor, pois as conseqüências seriam terríveis. (2) Os que se apartam de DEUS e de sua Palavra, para se unirem com o mundo e suas atividades pecaminosas, descobrirão que DEUS está contra eles, e que poderá trazer calamidade às suas vidas.
CAPÍTULO 2
2.1-5 AI DAQUELES QUE... INTENTAM A INIQÜIDADE. Miquéias proclama a calamidade contra certas pessoas que, por serem suficientemente poderosas, exploravam o próximo a fim de atingir seus intentos egoístas. (1) Eram latifundiários que compravam, ou roubavam, sítio após sítio. Não tinham a mínima hesitação em defraudar o próximo para obterem mais propriedades. Tendo dedicado seus corações à cobiça, não se importavam com o sofrimento infligido ao próximo. (2) DEUS tinha um plano para eles; ceifariam o que haviam semeado. DEUS enviaria a Assíria para lhes confiscar as terras e levá-los ao cativeiro. (3) Devemos tomar cuidado para não nos tornarmos cobiçosos, nem oprimir o próximo a fim de obter dinheiro ou possessões.
2.6 NÃO PROFETIZEIS. Os falsos profetas de Judá censuravam Miquéias por trazer uma mensagem de condenação e castigo (cf. Is 30.10). (1) Rejeitavam sua sombria e calamitosa profecia, e asseguravam que a vergonha e a desgraça não sobreviriam ao povo, pois DEUS era um DEUS de amor e perdão. (2) A mensagem otimista de tais profetas permitia ao povo continuar em seus caminhos pecaminosos. Por isto, desrespeitavam as justas exigências de DEUS. (3) Às vezes a igreja manifesta a mesma insistência ao proclamar uma mensagem de amor, misericórdia e perdão, mas que desconsidera os justos padrões da chamada divina de um viver irrepreensível e santo. A igreja que tolera o pecado, deve ouvir de novo a mensagem clara dos profetas do AT e dos apóstolos do NT (cf. 1 Co 5;6).
2.11 DO VINHO E DA BEBIDA FORTE. Miquéias declara ironicamente que, se os falsos profetas de Judá estivessem profetizando prosperidade e abastança de bebida inebriante para todos quantos a desejassem, o povo aceitaria de bom grado semelhante mensagem. Hoje, ainda há pastores que se recusam a advertir o povo de DEUS a respeito das conseqüências de se adotar os hábitos de beber da sociedade em derredor.
2.12,13 O RESTANTE DE ISRAEL. Miquéias acrescenta uma palavra de esperança ao proclamar que DEUS pouparia um remanescente de Israel e de Judá, que acabaria por regressar à terra prometida (ver Is 6.13; 10.20; 17.7). A terra, então, voltará a ficar movimentada com o vai-e-vem de seus habitantes.
CAPÍTULO 3
3.1-12 CHEFES DE JACÓ. Este trecho protesta contra a crueldade das classes governantes (vv. 1-4), as fraudes dos falsos profetas (vv. 5-7) e as perversões dos líderes, sacerdotes e profetas apóstatas de Judá (vv. 9-12). DEUS condena a todos como merecem.
3.2 ABORRECEIS O BEM E AMAIS O MAL. Os líderes da nação haviam abandonado os padrões religiosos do passado, e, em seu lugar, adotado seus próprios códigos. Deliberadamente, amavam a iniqüidade e a injustiça em sua busca por ganhos materiais. DEUS, porém, nos chama a amar a justiça e a aborrecer o mal (ver Am 5.15; Rm 12.9; Hb 1.9).
3.3 COMEIS A CARNE DO MEU POVO. Esta expressão vívida descreve a opressão e a exploração sofrida pelo povo comum.
3.4 NÃO OS OUVIRÁ. Por causa do comportamento maligno e cruel dos líderes, DEUS se recusa a atender- lhes as orações. Conseqüentemente, teriam eles um triste fim: haveriam de ser abandonados por DEUS.
3.5-7 CONTRA OS PROFETAS. DEUS ansiava por trazer seu povo de volta aos caminhos da retidão e da verdade. Mas o interesse dos falsos profetas era bem outro. Levavam os israelitas a se sentirem à vontade com um modo de vida pecaminoso, pois lhes pregavam falsas esperanças. Ao invés de tomarem posição firme contra o pecado, chegavam mesmo a encorajar a iniqüidade. Por se recusarem a levar o povo de volta aos caminhos de DEUS, os tais seriam abandonados pelo Senhor.
3.8 MAS, DECERTO, EU SOU CHEIO DA FORÇA DO ESPÍRITO DO SENHOR. Miquéias havia sido vocacionado para ser porta-voz de DEUS. (1) Falava sob o poder e inspiração do ESPÍRITO SANTO (cf. Jr 20.9; Ef 3.7), que o inspirava a condenar o pecado na Casa do Senhor. Sua missão era revelar o coração de DEUS, encorajar a prática do bem e desencorajar a injustiça. (2) Os pastores e profetas de hoje têm a mesma tarefa. Não devem curvar-se às pressões dos crentes falsos e mundanos, nem se conformarem com o mundo. Devem, pelo contrário, ser a voz de DEUS em favor da verdade, da piedade e da justiça.
CAPÍTULO 4
4.1 NOS ÚLTIMOS DIAS. Miquéias profetiza acerca do período em que DEUS reinará sobre o mundo todo. (1) Será um período de paz, felicidade e santidade. DEUS será honrado e adorado não somente por Israel, mas por todas as nações da terra. (2) "O monte da Casa do Senhor" (i.e., Jerusalém) será o centro do governo divino. O reino de DEUS será estabelecido quando CRISTO voltar para destruir todo o mal e firmar a justiça (ver Ap 20.4).
4.5 NÓS ANDAREMOS NO NOME DO SENHOR. Como devemos viver enquanto aguardamos a vinda do reino de DEUS em sua plenitude? Vivendo para DEUS, andando nos seus justos caminhos, e testemunhando a todas as nações (cf. 2 Pe 3.11,12).
4.9-13 PORQUE FARÁS TÃO GRANDE PRANTO? O profeta volta a falar sobre o fim da Jerusalém de seus dias. Diz que seus habitantes serão levados em cativeiro para Babilônia. A profecia foi proferida cem anos antes de os babilônios tornarem-se no formidável império mundial. Estes haveriam de destruir Jerusalém em 586 a.C. Miquéias também previu que, futuramente, Judá retornaria em liberdade à sua terra (v. 10).
CAPÍTULO 5
5.2 E TU, BELÉM. Miquéias profetiza que um governante surgiria de Belém para cumprir as promessas de DEUS ao seu povo. Este versículo refere-se a JESUS, o Messias (ver Mt 2.1,3-6), cuja origem é "desde os dias da eternidade" (cf. Jo 1.1; Cl 1.17; Ap 1.8). Não obstante, Ele nasceria como ser humano, para em tudo fazer-se semelhante a nós (v. 3; ver Jo 1.14; Fp 2.7-8).
5.3 PORTANTO, OS ENTREGARÁ. Israel seria abandonado por DEUS até ao nascimento do Messias. "A que está de parto" refere-se fisicamente à virgem Maria, a mãe de JESUS e, espiritualmente, ao remanescente piedoso. Toda a esperança de Israel e das demais nações acha-se no nascimento, vida, morte e ressurreição de JESUS. "O resto de seus irmãos" é uma referência às tribos do Norte, e demonstra que o Messias seria para as doze tribos de Israel.
5.4 ATÉ AOS FINS DA TERRA. À semelhança de Isaías (cf. Is 9.6,7; 61.1,2), Miquéias não faz distinção entre a primeira e a segunda vindas de CRISTO. Quando JESUS voltar para destruir todo o mal, Israel viverá em segurança, e o Senhor reinará sobre o mundo inteiro.
5.5 ESTE SERÁ A NOSSA PAZ. Somente JESUS, o Messias, trará paz perpétua a Israel. Não precisamos esperar sua segunda vinda, pois através de sua primeira vinda, Ele proporciona paz com DEUS, perdão do pecado e garantia de vida eterna aos que se arrependem, e o acolhem pela fé (ver Rm 5.1-11). Os verdadeiros crentes não serão condenados, pois crêem na sua morte expiatória (ver Jo 14.27; Ef 2.14).
5.5 A ASSÍRIA. A Assíria representa todos os inimigos de DEUS. Mas virá o dia em que o Messias livrará o seu povo dos que se opõem à adoração a DEUS.
5.10-14 DESTRUIREI OS TEUS CARROS. Quando o Messias voltar para julgar a iniqüidade do mundo, limpará também a Israel de seu poder militar, (vv. 10,11) e do pecado, feitiçaria e idolatria (vv. 12-14). Todos os que não forem leais a DEUS e aos seus caminhos, hão de ser destruídos.
CAPÍTULO 6
6.1-5 OUVI, AGORA, O QUE DIZ O SENHOR. O Senhor tinha uma acusação contra o povo, por isto os conclama a ouvir-lhe a queixa, e a justificar suas ações iníquas, caso o pudessem. Que direito tinham de rejeitar a seu DEUS segundo o concerto, e desobedecer-lhe às leis? As acusações formais contra o povo são alistadas nos versículos 9-16.
6.3-5 QUE TE TENHO FEITO? DEUS pergunta ao seu povo se Ele os decepcionou de alguma maneira. (1) Seria sua culpa terem eles desobedecido à sua palavra? DEUS negligenciara os seus, deixando de amá-los? A resposta é óbvia. Israel não tinha desculpa. DEUS havia tratado o seu povo com bondade e paciência no decurso de sua história. (2) Hoje, DEUS poderia repetir as mesmas perguntas a todos quantos lhe viram as costas. Se nos tornarmos desleais a Ele e aos seus justos padrões, conformando-nos com o mundo, não será porque DEUS nos tem sido infiel. Pelo contrário: será devido aos nossos próprios desejos egoístas e à nossa ingratidão para com a sua graça e amor.
6.8 QUE É O QUE O SENHOR PEDE DE TI? Miquéias oferece uma tríplice definição do modelo divino concernente à nossa fidelidade a DEUS: (1) agir com justiça, sendo imparciais e honestos em nosso trato com o próximo (cf. Mt 7.12); (2) amar a misericórdia, demonstrando compaixão e misericórdia genuínas aos necessitados; (3) andar com o nosso DEUS, humilhando-nos diante dEle todos os dias, com piedoso temor e reverência à sua vontade (cf. Tg 4.6-10; 1 Pe 5.5,6). A adoração pública é apenas uma mínima parte de nossa dedicação total a CRISTO. O amor genuíno ao Senhor deve manifestar-se em solicitude incessante pelos necessitados.
6.9-16 A VOZ DO SENHOR CLAMA. O Senhor alista alguns dos pecados de Israel, e anuncia a condenação que a nação teria de sofrer.
CAPÍTULO 7
7.1-7 AI DE MIM! Miquéias lastima a corrupção da sociedade em que vive. A violência, a desonestidade e a imoralidade grassavam em Israel. Poucos eram os piedosos (v. 2). O amor à família havia quase que desaparecido (v. 6). Se realmente nos dedicarmos ao Senhor e aos seus caminhos, também lastimaremos a iniqüidade que predomina nos dias de hoje. Intensificaremos a nossa intercessão, pedindo a intervenção do DEUS de nossa salvação (vv. 7-9).
7.7 EU, PORÉM, ESPERAREI NO SENHOR. Em meio a uma sociedade moralmente enferma, Miquéias coloca a sua fé em DEUS e em suas promessas. Ele sabia que DEUS o sustentaria, e que haveria de executar o castigo contra toda a iniqüidade, fazendo a justiça triunfar (v. 9). (1) DEUS conclama os crentes em CRISTO a viverem "no meio duma geração corrompida e perversa", onde devem "resplandecer como astros no mundo" (Fp 2.15). (2) Ainda que o mal aumente e a sociedade se desintegre, ofereçamos a salvação gratuita de DEUS a todos quantos nos ouvirem. Oremos e antegozemos o dia em que Ele endireitará todas as coisas (cf. vv. 15-20).
7.8-13 LEVANTAR-ME-EI. O justo remanescente de Judá estava prestes a passar por dias sombrios em conse-qüência dos pecados da nação . No entanto, Miquéias proclama em alto e bom som, em favor destes, palavras de fé e esperança. O profeta olha para além do triunfo temporário dos inimigos, e vê o dia glorioso de sua restauração. "Levantar-me-ei" é uma afirmação de fé comparável à de Jó (ver Jó 19.25-27 notas).
7.14-20 APASCENTA O TEU POVO. Estes versículos são uma oração de súplica, rogando a DEUS que cumpra as palavras dos versículos 8-13. O desejo de Miquéias era que DEUS voltasse a cuidar de Israel, assim como o pastor cuida de suas ovelhas.
 
Miquéias, o profeta dos pobres (Pr. Cleber Barros)
I - Nome – Miquéias teve um nome que por si mesmo era um credo, pois a forma mais ampla e provavelmente mais antiga - Mikayahu - significa “Quem é semelhante a Javé?” (Mq. 1:1; 7:18; Jr. 26:18). Como Miguel, que significa “Quem é como DEUS?".
Miquéias tem quase o mesmo significado. Nosso profeta não deve ser confundido com Micaías, que era detestado por Acabe (1 Reis 22:8).

 
II - Lugar - Ele é chamado “morastita” (1:1), visto ter nascido em Moreset-Gat (Mq. 1:14), local situado 32 Km. ao sudoeste de Jerusalém. Jerônimo colocou Moreset a leste de Eleutherópolis, a moderna Beit-gibrin. Como Amós, Miquéias era natural do campo. Em geral existe mais religião no lar do campo do que no da cidade. Aparentemente Miquéias não gostava da cidade (Mq. 1:5;5:11;6:9).
III - Personalidade - Miquéias deve ter tido uma personalidade muito forte. Era um homem valoroso e de fortes convicções. O segredo de sua força está revelado em Mq. 3:8: “Mas eu estou cheio do poder do ESPÍRITO do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado”. Como um verdadeiro patriota e pregador fiel, ele denunciou vibrantemente o pecado e assinalou o local da vinda de CRISTO. Ele foi, antes de tudo, um profeta dos pobres e um amigo dos oprimidos. Sentia a mesma paixão de Amós pela justiça e tinha o mesmo coração amoroso de Oséias. Miquéias era um Amós redivivo. Sua grande sinceridade contrasta notavelmente com os lisonjeiros ensinos de seus contemporâneos, os quais, como falsos profetas, idealizavam as mensagens conforme os seus soldos (Mq. 3:5).
IV - Seu tempo - Conforme o título do seu livro, Miquéias profetizou “nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (Mq. 1:1). Esta é uma data amplamente confirmada por evidência interna e também por Jeremias 26:18, o qual cita Miquéias 3:12. Foi, portanto, um contemporâneo de Isaías. Ele deve ter pregado tanto antes como depois da queda de Samaria (722 a. C) e muito provavelmente desde cerca de 735 até 715 a.C. Ele pregado por mais de 40 anos.
Sob o reinado de Jotão, o luxo era esplêndido. Sua ambição de construir fortalezas e palácios em Jerusalém custou a vida de muitos camponeses. Sob o reinado de Acaz, Judá foi obrigada a pagar tributos à Assíria, tributos que juntamente com o custo da guerra sírio-efraimita, em 734 a.C., caíram como uma pesada carga sobre todas as classes. Tanto os ricos como os pobres sofreram. Os arrendatários egoístas e avarentos usavam o seu poder para oprimir, confiscando os bens dos pobres e até mesmo expulsando as viúvas de suas casas. Todo tipo de crimes era perpetrado, com os ricos devorando as classes humildes, “como ovelhas comendo a erva”. Sob Ezequias, que procurou reformar o estado, as condições se tornaram ainda mais desesperadoras. Os homens deixaram de confiar uns nos outros, enchendo Jerusalém de facções e intrigas. Os conselheiros do rei se dividiram na política, alguns advogando uma aliança com o Egito contra a Assíria e outros advogando uma submissão à Assíria. Os encarregados da lei abusavam de seus poderes. Os nobres roubavam os pobres. Os juízes aceitavam suborno. Os profetas adulavam os ricos e os sacerdotes ensinavam em troca de remuneração (Cap. 2). A cobiça das riquezas imperava de todos os lados. Os tiranos opulentos se enganavam quanto a um possível juízo. Em semelhante crise apareceu Miquéias, procurando conduzir a nação de volta a DEUS e aos seus deveres.
V - Mensagem - A mensagem de Miquéias suplementou a de Isaías. Miquéias um rústico e Isaías era um estadista, Miquéias um evangelista e um tipo de ‘sociólogo’. Isaías tratou das questões políticas, Miquéias quase exclusivamente da religião pessoal e da moralidade social. Ele era mais democrático do que Isaías. Suas relações pessoais não eram com o rei, mas com o povo. Era um profeta do povo. Isaías ensinou a inviolabilidade de Sião, Miquéias predisse a sua destruição (Mq. 3:12). A nobreza tinha um conceito equivocado de DEUS, imaginando que, por serem pessoas respeitáveis, o castigo era impossível. E como argumento indagavam: “Não está o Senhor no meio de nós?” Completando: “Nenhum mal nos sobrevirá” (Mq. 3:11).
Miquéias possuía idéias avançadas sobre o reino de DEUS e elevou muito alto o modelo da religião e da ética, conforme Mq. 6:8: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu DEUS?” Toda a sua mensagem poderia ser expressa nesta declaração: “os que vivem de modo egoísta e luxuoso, mesmo que ofereçam sacrifícios dispendiosos, aos olhos de DEUS são vampiros que sugam o sangue vital dos pobres”.
 
VI - Análise - Apesar da fórmula “OUVI”, repetida três vezes (Mq. 1:2; 3:1 e 6:1-2), a qual introduz as três principais seções do livro, a melhor divisão do material, conforme o caráter dos assuntos, é como segue: Caps. 1-3 - Juízo; Caps. 4-5 - Consolo; Caps. 6-7 - O caminho da salvação.
Caps. 1-3 – Denúncia severa e completa condenação. Estão cheios de repreensões apaixonadas contra os oficiais do templo e do estado, acompanhadas de trovões de juízo, admoestação e ameaça, até que as censuras do profeta se tornam desagradáveis e os que as escutam ordenam que se cale (Mq. 2:6). Miquéias foi o primeiro entre os profetas a ameaçar Jerusalém com a destruição (Mq. 3:12). Contudo, a sorte do restante da nação foi clara e distintamente resguardada da sorte da capital. Suas ameaças, felizmente, foram seguidas de promessas de restauração.
Caps. 4-5 - Vislumbres da glória vindoura, com promessa se salvação, incluindo esperanças messiânicas e escatológicas. Miquéias olha para trás do mesmo modo como contempla o futuro. Como sempre acontece no Velho Testamento, sua visão do futuro está alicerçada nos feitos do presente. No livramento vindouro de Judá (como de Senaqueribe, 701 a.C.), Miquéias vê o futuro triunfo da justiça. Dois quadros se apresentam em sua mente - a exaltação de Sião e o nascimento do Messias, em Belém.
a) Mq.4:1-5 - fazem uma descrição de Sião destinada, conforme ele vê, a se tornar a metrópole espiritual do mundo inteiro (sob a soberania do DEUS de Israel), com as nações aceitando a lei do Senhor como o seu árbitro, um tempo de paz universal. Israel será supremo no que toca à religião. A idade áurea, por tanto tempo ansiada, tornar-se-á uma realidade.
b) Mq.5:2 e seguintes - profetizam que o Messias haveria de nascer em Belém, como Davi. Isaías 7:14 havia predito: “...Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”. Miquéias prediz o seu nascimento numa vila. Setecentos anos depois, no reinado de Herodes, o Grande, os magos que procuravam o local, com a ajuda dos rabinos judeus, obtiveram desta passagem a direção para prosseguir sua viagem (Mateus 2:1-6).
Caps. 6-7 - A controvérsia de Javé, diálogo sumamente dramático, que vindica a providência de Javé. O povo enxerga DEUS como um Senhor austero, avarento e exigente, o qual procura submetê-lo a requisitos injustos. Eles querem saber quando DEUS ficará satisfeito. Por meio de métodos cruéis e equivocados, os judeus tentam apaziguar a ira divina, oferecendo os frutos do seu ventre pelos pecados de suas almas (Mq.6:7). Javé lhes responde na que é considerada uma das maiores passagens do Velho Testamento: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu DEUS” (Mq. 6:8). O profeta prossegue fazendo, com grande ênfase, uma das mais amargas críticas a uma comunidade comercial que se encontra em toda a literatura, denunciando: “a medida escassa” (Mq. 6:10) e os pecados sociais da nação, os quais estão empurrando todo o povo, irremediavelmente, para a destruição (Mq. 6:15-16). Nesta seção, todas as classes, e não somente os líderes, como nos caps. 1-3, e todo o povo comum é denunciado como sendo mau. Não existe homem bom (Comparar com Romanos 3:10-18). “O melhor deles é como um espinho...” (Mq. 7:4). O profeta termina com uma lindíssima oração, como uma nobre apóstrofe a Javé, o incomparável DEUS do perdão e da graça (Mq. 7:7-20).
 
VII - Os três grandes textos de Miquéias
1. Mq. 3:12: “Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa como os altos de um bosque”. Este texto é a chave e o clímax da mensagem do profeta, famoso por ter sido lembrado depois de um século, o que possibilitou a salvação da vida de Jeremias: “Então disseram os príncipes, e todo o povo aos sacerdotes e aos profetas: Este homem não é réu de morte, porque em nome do SENHOR, nosso DEUS, nos falou” (Jr. 26:18). Muito raramente um profeta do Velho Testamento cita outro. Evidentemente, a reforma de Ezequias pode ter sido animada, até certo ponto, por Miquéias (Comparar com 2 Reis 18:4).
2. Mq. 5:2 : “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Miquéias foi o primeiro entre os profetas a fixar os olhos em Belém, como sendo o local do nascimento do futuro Libertador. Ele seria um servo. Não iria nascer ali na capital, ignorando todas as necessidades rurais, irmão dos patrícios. Seria um homem de origem humilde, participante das cargas dos pobres - de fato, um Libertador dos pobres. Miquéias, o profeta dos pobres, previu um Messias dos pobres.
3. Mq. 6:8 : “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu DEUS? “ Este verso é o lema escrito no Departamento de Religião, no salão de leitura do Congresso de Washington. Contém os três maiores requisitos da verdadeira religião, isto é, fazer justiça, usar de misericórdia e andar humildemente. Ele resume nestas três fases todo o ensino da religião hebraica. A simplificação da religião sempre foi a vocação do profeta. Davi reduziu - como sugere o Talmude - os 613 mandamentos do Pentateuco ao que está no Salmo 15. Miquéias os reduziu a três. E JESUS os reduziu a dois: “Amarás o Senhor teu DEUS de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento... Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37,39). Comparem estas passagens com Tiago 1:27.
a) Fazer justiça - a justiça na Bíblia é reconhecida como a moral elementar. Ela é a base de todo o caráter moral, a qualidade essencial de um homem bom. É um dos atributos de DEUS. Ela significa dar aos semelhantes tudo quanto estes têm o direito de esperar. De preferência a justiça ideal do profeta é a eterna Regra de Ouro citada por JESUS em Mateus 7:12: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhos também vós, porque esta é a lei e os profetas”.
b) Amar a bondade (hesed), a compaixão e a misericórdia - Esta é a palavra favorita de Oséias e expressa uma qualidade mais elevada que a mera justiça. Muitos cumprem esta deixando de cumprir aquela. A misericórdia inclui a bondade. Às vezes a justiça denota uma dúvida, enquanto a bondade sempre denota graça e favor. É a bondade que, realmente, garante a prática da justiça. Quando alguém não ama um princípio ele faz o possível para evitar a sua aplicação. A verdade é que a pessoa que faz o bem sem amar não é uma boa pessoa. Ela até finge que é boa, mas deixaria de fazer o bem, se isso lhe fosse possível. DEUS deseja menos dos outros do que de nós mesmos.
c) Andar humildemente - Este terceiro requisito é uma conseqüência dos dois anteriores. Não se pode obedecer aos dois primeiro sem obedecer ao terceiro (Amós 3:3: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”) Andar humildemente significa render-se à pessoa, “inclinando-se para baixo”, como o fazem as crianças. A humildade é o maior adorno da religião.
Estes três requisitos: a justiça, a misericórdia e a humildade - a honestidade, a magnanimidade e um coração manso - são, conforme Miquéias, as três coisas essenciais de uma vida religiosa. O Cristianismo não as modifica perceptivelmente e dá-lhes uma aplicação mais ampla e profunda. Só que Miquéias deixa de nos falar do poder de DEUS, a fim de podermos cumprir esses requisitos. Somente na cruz poderemos encontrar o caminho.

VIII - Estilo - Vivência e ênfase, relâmpagos de indignação pelos males sociais, rápidas transmissões de ameaça, de misericórdia, emoção veemente e simpática ternura. A força, a cadência e o ritmo retóricos, muitas vezes elevados e sublimes. São estas algumas das características mais notáveis do estilo literário do profeta. Ele escreveu em excelente Hebraico. Tanto os seus pensamentos como a sua linguagem justificam sua pretensão de falar com o poder e a inspiração de Javé: “Mas eu estou cheio do poder do ESPÍRITO do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Mq. 3:8). Pr. CLEBER BARROS
 
INTERAÇÃO
Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o significado da palavra "rito". Explique que rito é "o conjunto de cerimônias e prática litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé". Enfatize que no tempo do profeta Miqueias o povo realizava muito bem todo o ritual levítico. Porém, o Senhor não se agradava de suas reuniões solenes e sacrifícios, pois os rituais se tornaram algo mecânico, sem vida, uma simples obrigação religiosa.  Cumpriam a liturgia, mas não amavam verdadeiramente a DEUS nem ao próximo. Que nunca venhamos a nos esquecer que DEUS não está preocupado com nossas cerimônias religiosas, mas o que Ele espera é que seu povo o "adore em espírito e em verdade", que o ame acima de todas as coisas e ao próximo, pois toda a lei se resume nessa verdade (Mc 12.29-31).
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias. 
Definir a obediência bíblica 
Conscientizar-se de que o ritual religioso não proporciona relacionamento íntimo com DEUS e nem salvação.  
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir a lição, reproduza de acordo com suas possibilidades, o quadro abaixo. É importante que os alunos tenham uma visão geral da estrutura do livro. Explique que a estrutura utilizada pelo profeta Miqueias é bem simples de entender, pois a sua divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promessas.  Ao lermos Miqueias deparamo-nos com o juízo de DEUS; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia do Eterno.
 
ESBOÇO DO LIVRO DE MIQUEIAS
Capítulos 1 — 3
Uma série de juízo contra Israel e Judá:
Uma série de juízo contra Israel e Judá:
Introdução (1.1).
Destruição de Samaria (1.2-7).
Destruição de Judá (1.8-16).
Pecados específicos do povo (2.1-11): cobiça e orgulho (2.1-5); falsos profetas (2.6-11).
Vislumbre de um livramento (2.12,13).
Capítulos 4 — 5
Mensagem de esperança:
Mensagem de esperança:
Promessa do reino vindouro (4.1-5).
A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13).
O Rei virá de Belém (5.1-8).
O novo reino (5.9-15).
Capítulos 6 — 7
Juízo de DEUS contra Israel e sua misericórdia final:
DEUS contra o seu povo (6.1-8).
Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16).
O lamento do profeta (7.1-6).
A esperança do profeta (7.7).
Israel será restabelecido (7.8-13).
Bênçãos finais de DEUS para seu povo (7.14-20).
 
RESUMO DA LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
I. O LIVRO DE MIQUEIAS 
1. Contexto histórico.
2. Estrutura e mensagem.
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS 
1. O conceito bíblico de obediência.
2. A desobediência das nações.
3. A ira de DEUS sobre o pecado (1.3-5).
III. O RITUAL RELIGIOSO 
1. O rito levítico.
2. O diálogo de DEUS com o povo (6.6).
3. Sacrifício humano (6.7).
IV. O GRANDE MANDAMENTO 
1. A vontade de DEUS.
2. O sumário de toda a lei (6.8b).
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livro de Miqueias tem como assunto principal a ira divina sobre os pecados de Samaria e Judá.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - A obediência deve ser precedida de compreensão e amoroso acatamento da mensagem divina. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3)- O ritual religioso não substitui o relacionamento intenso com DEUS e, muito menos, proporciona salvação.   
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O grande mandamento é este: amar a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico
"Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. Eles viveram no período do esplendor profético dos hebreus. Isaías era profeta da corte e conselheiro da casa real, ao passo que Miqueias era profeta do campo. Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em Samaria.
O título de cada livro profético nem sempre quer dizer ser ele o seu redator ou mesmo o orador que pronunciou tais oráculos. A profecia escatológica sobre Sião, em Isaías 2.3, reaparece em Miqueias. Ambos foram contemporâneos e profetizaram em Judá, sendo que Isaías era profeta da corte, na capital, e seu companheiro do campo, mas é difícil saber a fonte literária original" (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 116).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
"[...] Miqueias previu uma segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9; Ez 34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa profecia registrada em Miqueias 5.2: 'E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade'. A associação do futuro rei com Belém e a referência às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma predição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7; 11.1,10) e a revelação bíblica subsequente deixam claro que estas referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado. 
Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignificância relativa de Belém entre os clãs de Judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor surgiria desta pequena cidade. Este padrão de DEUS elevar o pequeno e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn 25.23; 48.14; Jz 6.15; 1 Sm 9.21).
Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo como um pastor (o mesmo foi dito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; Sl 78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice-regente evitarão que o mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assíria, o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6). 
Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advertiu que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq 3.12). Ele personificou a cidade em sua humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada reconhece a justiça do castigo de DEUS e prevê o dia da justificação e restauração (Mq 7.8-12). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,10, o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq 4.11-13)" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).
 
VOCABULÁRIO 
Pitoresca: Divertido, recreativo.
Antropomórfica: Conceito que visualiza DEUS como possuindo forma humana.
Controvérsia: Disputa, polêmica.
Retórica: Pergunta que não exige resposta.
Libação: Líquido ou mistura de líquidos derramados sobre a oferta como parte do sacrifício.
  
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
  
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 52, p.39.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e __sacrifícios__ como em que se __obedeça__ à palavra do SENHOR? Eis que o __obedecer__ é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros"  (1 Sm 15.22).
 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
A mensagem de __Miqueias__ leva-nos a __pensar__ seriamente acerca do tipo de __cristianismo__ que estamos vivendo.
 
I. O LIVRO DE MIQUEIAS 
3- De onde era o profeta Miquéias e qual seu contexto histórico?
(    ) Miqueias era de Moresete-Gate (1.1,14; Jr 26.18), cidade localizada a 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém.
(    ) Miqueias, assim como os demais profetas de Judá, não cita reis do Reino do Norte na introdução de seus oráculos.
(    ) Seu ministério aconteceu no período dos reinados "de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá" (1.1).
(    ) O profeta Jeremias afirma que a mensagem de Miqueias foi entregue no reinado de Ezequias (26.18).
(    ) Considerando os últimos anos de Acaz e os primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter profetizado entre 735 a.C. e 710 a.C.
 
4- Qual a estrutura ea  mensagem de Miqueias?
(    ) Trata-se de uma coleção de breves oráculos agrupados em sete capítulos divididos em três partes principais (1,2; 3-5; 6,7).
(    ) Cada uma das partes marca o imperativo: "Ouvi" (1.2; 3.1; 6.1), que é fraseologia similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).
(    ) O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém.
(    ) Miqueias dirigiu seu discurso contra a idolatria, censurou com veemência a opressão aos pobres e denunciou o colapso da justiça nacional (1.5; 2.1,2; 3.9-11).
(    ) Miqueias anunciou, de antemão, o local do nascimento do Messias, em Belém (5.2 cp. Mt 2.1,4-6).
(    ) O profeta chegou a ser citado pelo Senhor JESUS (7.6 cp. Mt 10.35,36).
 
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS 
5- Qual o conceito bíblico de obediência?
(    ) O verbo hebraico shemá: "ouvir, escutar, prestar atenção, obedecer", não significa apenas receber uma comunicação ou informação.
(    ) Obedecer é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar.
(    ) O referido verbo é empregado no Antigo Testamento para "obedecer" em 1 Samuel 15.22 e Jeremias 42.6.
(    ) É usado, também, em seis das nove vezes em que shemá aparece em Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9).
(    ) A mesma ideia é vista nos ensinos de JESUS (Mt 11.15; 13.43).
(    ) Por conseguinte, a obediência deve ser precedida pela compreensão e pelo amoroso acatamento da mensagem divina (Mt 7.24,26).
(    ) A obediência pode ser definida como a prova suprema da fé e do nosso amor a DEUS.
 
6- Complete segundo a desobediência das nações:
O Senhor não é uma divindade __tribal__, que habita em quatro paredes. Ele é o DEUS de toda a terra e o __Soberano__ de todo o Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como __juiz__ e testemunha não apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as __nações__ da terra (1.2).
 
7- Como reage a ira de DEUS sobre o pecado (1.3-5).
(    ) O profeta descreve de forma pitoresca a reação divina contra o seu povo.
(    ) Numa linguagem antropomórfica, o Senhor desce de seu santo templo, o céu, para julgar Samaria, capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado influencia todo o país.
(    ) O quadro da sua majestosa e terrível presença lembra a ação dos terremotos e dos vulcões (Jz 5.4; Sl 18.7-10; Is 64.1-3; Hc 3.6,7). 
 
III. O RITUAL RELIGIOSO 
8- O que é rito?
(    ) Basicamente, o rito é um conjunto de cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé.
(    ) O termo vem do latim ritus, que significa "cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo".
(    ) O Antigo Testamento usa a palavra para os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para as festividades religiosas (Ne 8.18), tais como a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 35.13) e a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4).
(    ) A própria circuncisão é também um ritual (At 15.1).
 
9- O que é rito em se tratando do Cristianismo?
(    ) No cristianismo a liturgia é simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30).
(    ) Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com DEUS, nem proporcionam salvação (1 Sm 15.22; Sl 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17; 11.28,29).
 
10- Como foi o diálogo de DEUS com o povo (6.6)?
(    ) O Senhor, através do profeta, convida o seu povo para uma controvérsia.
(    ) O que DEUS fez de mal para Israel rejeitá-lo? (6.1-3).
(    ) Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os seus benefícios desde o princípio, quando remiu a Israel do Egito e protegeu seu povo no deserto contra os inimigos (6.4,5).
(    ) Em uma pergunta retórica, o próprio DEUS antecipa a resposta da nação.
 
11- A lei estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 2.1,15; 7.12). Qual era o problema de Judá?
(    ) O problema de Judá não era a falta de rituais e sacrifícios, mas de uma verdadeira conversão a DEUS.
 
12- O sacrifício humano (6.7) era uma ordenança de DEUS?
(    ) Oferecer o primogênito pela transgressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de completo desatino do povo.
(    ) A lei de Moisés condena tal prática sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em todo o Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27).
(    ) Esse tipo de sacrifício só foi praticado por aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé (2 Rs 16.3; 21.6; Jr 19.5; 32.35).
(    ) Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que DEUS nunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e mudança de vida 
 
IV. O GRANDE MANDAMENTO 
13- Complete segundo a vontade de DEUS:
O estilo de vida que agrada a DEUS foi comunicado ao povo desde __Moisés__. Portanto, toda a nação tinha o __dever__ de conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas ninguém estava interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das injustiças __sociais__, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente para autojusticar-se diante de DEUS. Estavam enganados, pois DEUS não se __deleita__ em sacrifícios nem em rituais exteriores (Sl 51.17,18).
 
14- Qual o sumário de toda a lei (6.8b), considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C., o resumo dos 613 preceitos depreendidos da lei de Moisés.?
(    ) Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS.
 
15- Qual declaração da bíblia, mais precisamente no livro de Miqueias, que é vista por muitos como a maior declaração do Antigo Testamento?
(    ) Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS.
 
16- Explique os preceitos: Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS. Complete:
Os dois primeiros preceitos falam do compromisso __horizontal__ com o nosso próximo; e o terceiro, de compromisso __vertical__ com DEUS. Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino de JESUS: amar a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a __nós__ mesmos (Mt 22.37-40). 
 
CONCLUSÃO 
17- Complete:
A lição para todos nós é esta: O que importa para DEUS não é o que __fazemos__ na Igreja, mas a nossa __vivência__ com a família, o que fazemos no __trabalho__ e como relacionamo-nos com a __sociedade__ Sem o verdadeiro arrependimento e um profundo compromisso com DEUS, todas as práticas religiosas não passam de __rituais__ vazios e completamente desprovidos de __valor__ espiritual.
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 

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LIÇÃO 6, JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA


 
LIÇÃO 6, JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA
LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
 
 
TEXTO ÁUREO 
"E DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez" (Jn 3.10). 
 
 
VERDADE PRÁTICA
O relato de Jonas ensina-nos o quanto DEUS ama e está pronto a perdoar os que se arrependem. 
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 85.10 Justiça e amor no Calvário
Terça - Jr 31.3 A grandeza do amor de DEUS
Quarta - Lm 3.22 As misericórdias de DEUS
Quinta - Mt 12.39,40 O profeta Jonas como figura de CRISTO
Sexta - Lc 11.32 O exemplo dos ninivitas
Sábado - Lc 15.28-30 A "justiça" do irmão do filho pródigo
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jonas 1.1-3; 15,17; 3.8-10; 4.1-7
Jonas 1.1-3
1 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: 2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. 3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.
 
Jonas 1.15 E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
 
Jonas 1.17 Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.
 
Jonas 3.8-10
8 Mas os homens e os animais estarão cobertos de panos de saco, e clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos. 9 Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos? 10 E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do
mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
Jonas 4.1-7
1 Mas desgostou-se Jonas extremamente disso e ficou todo ressentido. 2 E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és DEUS piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal.
 
 
Jonas: O profeta fujão
O missionário bem-sucedido que fracassou.
Capítulo 1 - Jonas de Costas - O que DEUS quer que você saiba? - Sua vontade é soberana - Sua misericórdia é sem medida. Sua graça é incondicional.
DEUS não é como nós - Pai assusta criança e corre atrás dela, mas passa a sua frente e abre os braços para abraçá-la e protegê-la de si mesmo, DEUS acha a gente em qualquer parte para nos abraçar com sua misericórdia e amor.
 
Capítulo 2 - Jonas de Joelhos - Você ora todos os dias? - Você precisa ser forçado a orar? - Você pode orar de qualquer lugar a DEUS, em qualquer posição, em qualquer língua - Não viole sua consciência, faça o certo, o que DEUS quer que você faça.
 
Capítulo 3 - Jonas de pé - Ganhou mais almas que qualquer outro, em qualquer época, em um dia só - mensagem simples, objetiva, entregou o que DEUS mandou.
 
Capítulo 4 - Jonas assentado - Você está disposto a aceitar que DEUS lhe ensine?
 
 
Jonas - BEP -CPAD
Esboço
I. Primeira Chamada de DEUS a Jonas (1.1—2.10)
A. Chamada de Jonas: “Vai à Nínive” (1.1-2)
B. Desobediência de Jonas (1.3)
C. Conseqüências da Desobediência de Jonas (1.4-17)
1. Para os Outros (1.4-11)
2. Para Si Mesmo (1.12-17)
D. A Oração de Jonas no Meio da Calamidade (2.1-9)
E. O Livramento de Jonas (2.10)
II. Segunda Chamada de DEUS a Jonas (3.1—4.11)
A. A Chamada de Jonas: “Vai à Nínive” (3.1,2)
B. A Missão Obediente de Jonas (3.3,4)
C. Resultados da Obediência de Jonas (3.5-10)
1.Os Ninivitas Arrependem-se (3.5-9)
2.Os Ninivitas Poupados do Juízo Divino (3.10)
D. A Queixa de Jonas (4.1-3)
E. A Repreensão e a Lição de Jonas (4.4-11)
Autor: Jonas
Tema: A Magnitude da Misericórdia Salvífica de DEUS
Data: Cerca de 760 a.C.

Considerações PreliminaresJonas, cujo nome significa “pombo”, é-nos apresentado como o filho de Amitai (1.1). É mencionado em 2 Rs 14.25 como: (1) um profeta de Israel, o Reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II (793—753 a. C.); e (2) como um cidadão de Gate-Efer, que distava uns 4 km ao norte de Nazaré, na Galiléia. Os fariseus, pois, estavam enganados quando alegaram que nenhum profeta jamais surgira da Galiléia (Jo 7.52). O ministério de Jonas teve lugar pouco depois do de Eliseu (cf. 2 Rs 13.14-19), coincidiu parcialmente com o de Amós (Am 1.1) e foi seguido pelo de Oséias (cf. Os 1.1). Embora o livro não declare o nome do autor, seguramente foi o próprio Jonas quem o escreveu.O arrependimento de Nínive, diante da pregação de Jonas, ocorreu no reinado de um destes dois monarcas assírios: (1) Adade-Nirari III (810—783 a.C.), cujo governo foi marcado por uma tendência para o monoteísmo, ou (2) Assurda III (733—755 a.C.), em cuja administração houve duas grandes pragas (765 e 759 a.C.) e um eclipse do sol (763 a.C.). Estas ocorrências podem ter sido interpretadas como sinais do juízo divino, preparando a capital da Assíria à mensagem de Jonas. Nínive ficava cerca de 800 km a nordeste da Galiléia.

PropósitoDepreende-se neste livro um tríplice propósito: (1) demonstrar a Israel e às nações a magnitude e a ampliação da misericórdia divina, e a atividade de DEUS através da pregação do arrependimento; (2) demonstrar, através da experiência de Jonas, até que ponto Israel decaíra de sua vocação missionária original, de ser luz e redenção aos que habitam nas trevas (Gn 12.1-3; Is 42.6,7; 49.6); e (3) lembrar ao Israel apóstata que DEUS, em seu amor e misericórdia, enviara à nação, não um único profeta, mas muitos profetas fiéis, que entregaram sua mensagem de arrependimento a fim de evitar o castigo que o pecado fatalmente acarretaria. Diferentemente de Nínive, no entanto, Israel rejeitara os profetas de DEUS e a oportunidade que Ele lhe oferecia para que se arrependesse de suas iniqüidades, e recebesse os frutos da misericórdia.

Visão PanorâmicaO livro de Jonas conta a história da chamada do profeta para ir a Nínive, e de sua atitude quanto ao mandado divino. O cap. 1 descreve a desobediência inicial de Jonas, e o castigo divino subseqüente. Ao invés de rumar para nordeste, em direção a Nínive, Jonas embarca num navio que velejava para o oeste, cujo destino era Társis, na atual Espanha, o ponto mais distante possível da direção apontada por DEUS. O profeta, porém, não demorou a sentir o peso da impugnação divina: uma violenta tempestade no mar Mediterrâneo, que o levou a revelar-se aos marinheiros. Estes, por sua vez, são obrigados a jogá-lo ao mar. Providencialmente, DEUS prepara “um grande peixe” para salvar-lhe a vida. O cap. 2 revela a oração que Jonas fez em seu cômodo excepcional. Ele agradece a DEUS por ter-lhe poupado a vida, e promete obedecer à sua chamada. Então é vomitado pelo peixe em terra seca. O cap. 3 registra a segunda oportunidade que Jonas recebe de ir a Nínive, e ali pregar a mensagem divina àquela gente ímpia. Num dos despertamentos espirituais mais notáveis da história, o rei conclama a todos ao jejum
e à oração. E, assim, o juízo divino não recai sobre eles. O cap. 4 contém o ressentimento do profeta contra DEUS, por ter o Senhor poupado a cidade inimiga de Israel. Fazendo uso de uma planta, de um verme e do vento oriental, DEUS ensina ao profeta contrariado, que Ele se deleita em colocar sua graça à disposição de todos, e não apenas de Israel e Judá.
Características Especiais
Quatro aspectos básicos caracterizam o livro de Jonas. (1) É um dos dois únicos livros proféticos do AT escritos por um profeta nascido e criado no Reino do Norte (Oséias é o outro). (2) É uma obra-prima de narrativa concisa, em prosa; somente a oração em ação de graças está em forma poética (2.2-9). (3) Está repleto da atividade sobrenatural de DEUS. Além da cronometrada e providencial tempestade e do grande peixe, há a aboboreira, o verme, o vento oriental e a maior maravilha de todas: o arrependimento de toda a cidade de Nínive. (4) Contém, de forma mais clara que em qualquer outro livro do AT, a mensagem de que a graça salvífica de DEUS é tanto para os gentios como para os judeus.

O Livro de Jonas ante o NTJESUS assemelhou-se a Jonas: “Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe dará outro sinal, senão o do profeta Jonas, pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra. Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas” (Mt 12.39-41).

Fidedignidade Histórica
Os teólogos liberais e os incrédulos consideram este livro uma ficção proveniente do período que vai do século V ao III a.C., escrita para combater o estreito nacionalismo do judaísmo pós-exílico. Segundo tal opinião, o livro de Jonas não representa eventos históricos reais. O AT, no entanto, menciona Jonas noutro trecho como um profeta acreditado no século VII a.C. (2 Rs 14.25). No NT, o próprio JESUS refere-se a Jonas: (1) como o sinal profético mais importante do AT quanto aos seus três dias no túmulo, e posterior ressurreição (Mt 12.39,40; Lc 11.29); (2) como o profeta que, historicamente, pregou o arrependimento aos ninivitas (Mt 12.41; Lc 11.30-32); e (3) como quem é parte tão real da história do AT quanto Salomão, e a visita que este recebeu da rainha de Sabá (Mt 12.42; Lc 11.31). JESUS considerava este livro fidedignamente histórico. Considerar o livro de Jonas sob outro prisma, é ter a Bíblia como falível, e, conseqüentemente, o Salvador também será tido como falível.
 
 
1.1 JONAS. Jonas foi um profeta do Reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25).
2 Reis 14 .23 No décimo-quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um anos.24 E fez o que era mal aos olhos do SENHOR; nunca se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.25 Também este restabeleceu os termos de Israel, desde a entrada de Hamate até ao mar da Planície, conforme a palavra do SENHOR, DEUS de Israel, a qual falara pelo ministério de seu servo Jonas, filho do profeta Amitai, o qual era de Gate-Hefer.

1.2 VAI À... NÍNIVE. Jonas foi chamado por DEUS para advertir a Nínive concernente ao juízo divino que estava prestes a se abater sobre ela em conseqüência de seus muitos pecados. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral (ver Na 1.11; 2.12,13; 3.1,4,16,19). Israel odiava os assírios, e os considerava uma grande ameaça à sua sobrevivência.
1.3 JONAS SE LEVANTOU PARA FUGIR. Jonas fugiu da chamada divina, recusando-se a entregar a mensagem de DEUS a Nínive, porque receava que os seus habitantes se arrependessem, e DEUS os livrasse do juízo (ver 4.1,2). (1) O profeta não queria que o Senhor tivesse misericórdia de nenhuma nação, exceto Israel, e sobretudo que não tivesse compaixão da Assíria. Jonas se esquecera de que o propósito supremo de DEUS para com Israel era que este fosse uma bênção para os gentios, e os levasse ao conhecimento de DEUS (Gn 12.1-3; cf. Is 49.3). (2) CRISTO vocacionou a igreja para cumprir uma tarefa missionária maior do que a de Jonas - ir por todo o mundo, pregando o evangelho (cf. Mt 28.18-20; At 1.8). Tal como Jonas, muitas igrejas pouco se interessam pela obra missionária; preocupam-se exclusivamente com a edificação de seu próprio reino no país onde atuam.
1.3 TÁRSIS. Társis ficava ao sudeste da atual Espanha, a uma distância de aproximadamente 4.000 km de Israel. Era, portanto, um dos lugares mais remotos em relação à terra santa, em direção oposta a Nínive.
1.4 UM GRANDE VENTO. DEUS envia uma grande tempestade sobre o mar Mediterrâneo a fim de persuadir a Jonas a obedecer à chamada divina. Devido à desobediência de Jonas, as vidas dos marinheiros estavam em perigo. Se os crentes não estiverem plenamente consagrados a DEUS e à sua vontade, suas famílias e as demais pessoas que os cercam muito poderão sofrer.
1.5 JONAS... DORMIA UM PROFUNDO SONO. Enquanto a vida dos marinheiros corria grande perigo, o servo de DEUS dormia. Hoje, muitos são os crentes que se acham adormecidos e despreocupados, enquanto ao seu redor almas preciosas perecem nas tempestades da vida.
1.7 LANCEMOS SORTES. É provável que os marinheiros tenham colocado pedrinhas, ou pequenos pedaços de madeira marcados, num vasilhame, para tirarem um deles. DEUS controla a escolha, de modo que a sorte recaiu sobre Jonas, identificado como o culpado.
1.12 LANÇAI-ME AO MAR. A disposição de Jonas em morrer para salvar os marinheiros indica quão culpado ele se sentia por ter desobedecido a DEUS, e por colocar a vida da tripulação em perigo.
1.17 UM GRANDE PEIXE, PARA QUE TRAGASSE A JONAS. DEUS providenciou um grande peixe para salvar a vida de Jonas; de modo milagroso, conservou-o vivo por três dias no ventre do peixe.
(1) Os incrédulos e os falsos mestres rejeitam o milagre, colocando-o na categoria de obra de ficção. JESUS, no entanto, considerou-o um fato histórico, chegando a citar o incidente para ilustrar sua própria morte, sepultamento e ressurreição (ver Mt 12.39-41).
Mateus 12.39 Mas ele lhes respondeu e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe dará outro sinal, senão o do profeta Jonas, 40 pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra. 41 Os ninivitas ressurgirão no Juízo com esta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais
do que Jonas.
(2) Noutras palavras, JESUS pôs a experiência de Jonas na mesma categoria de sua morte e ressurreição. Ele aceitou-a como milagre de DEUS, operado de conformidade com o seu propósito na história da redenção. Para todos os crentes genuínos, portanto, fica confirmada a autenticidade do milagre (ver também a introdução do livro).
 
2.1-10 E OROU JONAS. Esta é a oração de Jonas, pedindo o livramento da morte, e a subseqüente ação de graças. (1) Do ventre do grande peixe, Jonas clama ao Senhor, embora se considerasse quase morto (v. 6), sua oração é ouvida pelo Senhor que, em sua misericórdia, poupa-lhe a vida. (2) Os crentes nunca devem perder a esperança, mesmo em situações que pareçam insuportáveis. Assim como Jonas, os crentes devem clamar a DEUS, pedindo misericórdia e ajuda. Depositemos, pois, nossas vidas em suas mãos!
2.3 TU ME LANÇASTE. Jonas sabia que fora desobediente, e reconhece ter sido DEUS quem o lançara ao mar. Sua maior tristeza e temor era ser banido eternamente da presença de DEUS (v. 4).
2.7 EU ME LEMBREI DO SENHOR. "Lembrar-se" do Senhor significa que DEUS se torna uma presença real na vida do crente. É só clamar a Ele com fé, em qualquer circunstância, para ser ouvido (cf. Dt 8.18).
2.7 ENTROU A TI A MINHA ORAÇÃO. Quando os crentes oram, devem crer que as suas orações chegam até a presença de DEUS.
2.9 SACRIFÍCIO... AGRADECIMENTO. Enquanto Jonas decidia oferecer sacrifício em ação de graças (v. 9), DEUS interveio em favor do profeta (v. 10).
2.10 ELE VOMITOU A JONAS NA TERRA. Até aqui, temos na narrativa a ocorrência de sete milagres: DEUS (1) provocou a grande tempestade (1.4); (2) fez a sorte recair sobre Jonas (1.7); (3) acalmou o mar (1.15); (4) preparou o grande peixe para engolir o profeta (1.17); (5) manteve-o com vida no ventre do peixe durante três dias (v. 6; 1.17); (6) fez com que o peixe conduzisse Jonas até a praia; e (7) fez com que o peixe o vomitasse em terra seca.
 
3.2 A PREGAÇÃO QUE EU TE DISSE. (1) Jonas foi chamado pela segunda vez a pregar o juízo e condenação contra Nínive (ver v. 4). Sua responsabilidade era entregar a mensagem, quer os ninivitas a acolhessem, quer não. (2) Os pregadores do evangelho são chamados de modo semelhante a pregar "todo o conselho de DEUS" (At 20.27; 2 Tm 4.2). Devem pregar tanto a misericórdia quanto a ira de DEUS, tanto o perdão quanto a condenação; devem, ainda, tomar cuidado para não enfrequecer o evangelho, evitando temas éticos e as doutrinas consideradas difíceis. Antes, devemos pregar de tal maneira que os ímpios deixem os seus maus caminhos e se voltem para DEUS(ver At 14.15).
3.3 UMA GRANDE CIDADE. A cidade de Nínive tinha mais de 120 mil habitantes (ver 4.11).
3.5 OS HOMENS DE NÍNIVE CRERAM EM DEUS. (1) Os ninivitas aceitaram a mensagem de Jonas, crendo já estarem condenados, a menos que se arrependessem. Como expressão de seu genuíno arrependimento e humildade, jejuaram (cf. 1 Sm 7.6; 2 Sm 1.12) e vestiram-se de panos de saco (um tecido grosseiro, geralmente feito de pêlo de cabra; cf. 2 Sm 3.31; 2 Rs 19.1,2). (2) JESUS declarou que Nínive se levantará no Dia do Juízo para condenar Israel por causa de sua incredulidade e dureza de coração (Mt 12.41).
3.10 DEUS SE ARREPENDEU DO MAL. Por ter o povo se arrependido, DEUS suprimiu o juízo. (1) O desejo primordial de DEUS é usar de misericórdia, e não executar o castigo que a sua justiça requer. O Senhor é um DEUS que se move de compaixão pelos pecadores que, sinceramente, se arrependem. (2) Este livro ilustra a verdade bíblica de que DEUS não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento, recebam o perdão e a vida eterna (ver 2 Pe 3.9).
 
4.1 DESGOSTOU-SE JONAS EXTREMAMENTE. Jonas irritou-se porque DEUS resolvera perdoar os ninivitas. Ele não queria que o Senhor poupasse este arquiinimigo de Israel. (1) O problema fundamental de Jonas era que ele não priorizava a vontade de DEUS. -Preocupava-se mais com a segurança física dos israelitas. (2) Os crentes podem estar preocupados com o "sucesso" da igreja sem que estejam, todavia, no centro da vontade de DEUS, conforme os propósitos e padrões revelados na Bíblia.
4.2 DEUS PIEDOSO. DEUS é "piedoso" (gracioso; anela ajudar-nos); "misericordioso" (sente compaixão); "longânimo" (não deseja castigar os ímpios); "grande em benignidade" (é compassivo e clemente); e "te arrependes do mal" (i.e., deleita-se em abolir seus juízos quando nos arrependemos de nossos pecados). Estas características de DEUS são reveladas por toda a Bíblia (ver Sl 103.8; 111.4; 112.4; 145.8)
4.3 MELHOR ME É MORRER. Jonas ficou tão frustrado e emocionalmente perturbado, que preferiu morrer. De alguma forma, achava que DEUS se voltara contra ele e Israel, ao poupar os ninivitas.
4.6 E FEZ O SENHOR DEUS NASCER UMA ABOBOREIRA. Ao invés de rejeitar a Jonas por causa de sua atitude, DEUS compassivamente procura convencê-lo, mediante o uso de uma planta de rápido crescimento. Com isto, o Senhor mostra-lhe que se importava tanto com Israel quanto com as outras nações.
4.9 É ACASO RAZOÁVEL QUE ASSIM TE ENFADES... A ação de DEUS, mediante a aboboreira e o vento quente oriental (vv. 6-9), visava evidenciar o interesse egoísta que Jonas demonstrava pelo seu próprio bem-estar físico, em contraste com sua falta de solicitude pelos ninivitas. Jonas preocupava-se mais com seu próprio conforto do que com a vontade de DEUS concernente a Nínive.
4.11 NÃO HEI DE EU TER COMPAIXÃO... DE NÍNIVE? DEUS expressa seu amor a Nínive. (1) É o amor do Criador pelas suas criaturas, embora estas vivam no pecado e rebelião contra as suas leis. É um amor que vai muito além de qualquer amor humano (cf. Rm 5.8). (2) O amor de DEUS pela humanidade estende-se além do seu próprio povo, e alcança os perdidos em todos os lugares. Esta verdade foi plenamente explicitada: (a) quando DEUS enviou seu Filho JESUS para morrer em prol de toda a humanidade (Jo 3.16); e (b) quando JESUS enviou os seus discípulos por todo o mundo a pregar o evangelho, e fazer discípulos em todas as nações (Mt 28.18-20).
 
O profeta Jonas (http://personagembiblico.blogspot.com.br/2011/06/jonas-o-profeta-fujao.html)
Pr .Samoel César da Cruz
Seu nome vem do hebraico yo¯na¯h que se traduz “rola” (um pássaro). E o do seu pai, Amitai, significa “a verdade do Senhor”. Jonas era de Gate-Hefer, uma cidade localizada no território da tribo de Zebulom (Josué 19:13). Estes detalhes mencionados no livro histórico de Reis é prova de que se tratava de uma pessoa verdadeira e não mitológica.
Jonas teria ministrado como servo do Senhor no início do reinado de Jeroboão (790-750 AC ), ou mesmo durante a geração precedente entre 800-780 AC, tendo profetizado no início a restauração da terra de Israel para as suas antigas fronteiras através dos esforços de Jeroboão II. Ele se tornou notável por causa do cumprimento desta profecia alvissareira ainda durante a sua vida.
O período histórico do ministério de Jonas é narrado com detalhes em II Reis 14 e 15. Ele viveu durante o reinado de Jeroboão II e, nesses tempos, a Assíria exercia seu poderio no Oriente Médio. Era uma nação cruel e era detestada por suas práticas desumanas.
Jonas era o típico judeu que nunca entenderia como seria possível que DEUS viesse a amar os assírios. Ao contrário, ele esperava que o DEUS Javé se voltasse contra eles e os destruísse.
A cidade de Nínive era a capital da Assíria, e quando DEUS mandou Jonas pregar àquela cidade, ele recusou-se a ir, por causa do ódio que sentia pelos assírios. Jonas é um indivíduo preconceituoso e seu livro mostra a resistência desse profeta ao propósito divino de evangelizar a raça mais cruel do mundo. E o que vamos verificar é que o inexplicável amor de DEUS para com Nínive não encontra eco no coração de Jonas.
Foram os preconceitos de Jonas que o levaram a fugir da Missão que DEUS lhe havia ordenado. Preconceitos políticos: pois os ninivitas eram velhos inimigos de seu povo. Preconceitos raciais: os ninivitas eram gentios e não pertenciam ao povo escolhido. Preconceitos religiosos: um povo tão perverso, tão mau, tão grosseiro, não podia nem devia ser perdoado.
Quantos hoje não são como Jonas. Quantas vezes os nossos preconceitos nos impedem de sermos úteis a DEUS. Quantas vezes os nossos preconceitos sufocam o amor às pessoas; aniquila nossa compaixão; obscurece nossa visão; seca as fontes da nossa espiritualidade e empobrece nossa mensagem. 
Nós nos parecemos muito com Jonas. Podemos ver nele nossos preconceitos contra aqueles que não confessam a mesma doutrina, ou que pensam diferente de nós. Jonas é uma figura intrigante. Ele assiste a uma cidade inteira se converter e ao invés de se alegrar, ele se irrita. E mais do que irritado, ficou deprimido a ponto de desejar morrer. Jonas é uma figura desconcertante, mas veremos que muitos de nós agimos exatamente como ele.

CAPÍTULO PRIMEIRO: FUGA INÚTIL"... veio a palavra do Senhor a Jonas." É assim que tudo começou: um dia estava Jonas em sua casa, lá peno ano 750 AC, quando DEUS lhe disse: "Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela ... ". E aqui as coisas começam a se complicar, pois Jonas não tem a mínima vontade de ir àquela cidade.
Por quê? Porque Jonas conhecia muito bem Nínive e a odiava, e também conhecia muito bem a DEUS, e sabia que Ele é misericordioso e grande em benignidade (4:2) e com certeza iria dar uma oportunidade a Nínive de se converter. E como nosso profeta não quer a conversão desta cidade, e para evitar que tal acontecesse, "Levantou-se, mas para fugir da presença do Senhor, para Társis." (v. 3).
Se corrermos os olhos pelo Mapa Bíblico, vamos observar que Nínive ficava diametralmente oposta a Társis, Nínive está no leste, Társis no oeste. Társis era o lugar mais longínquo de todo o planeta naqueles dias. A viagem para lá durava, pelo menos, um ano.
Lá se vai Jonas para a sua viagem rumo a Társis. Seus planos foram bem arquitetados, no entanto, vai se meter em uma tremenda enrascada. Aquela enrascada em que se envolvem todos os desobedientes.
"Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez no mar uma grande tempestade" (v.4). DEUS, valendo-se da natureza, levanta uma tempestade para corrigir o profeta fujão. "Então os marinheiros cheios de medo clamavam cada um ao seu deus..." (v.5).
     Os marinheiros conhecedores e experimentados no mar, sabem que a situação é perigosa. A sensação de medo os domina. A morte está às portas e por isso eles "clamavam cada um ao seu deus". Estes homens são pagãos e apegados a várias divindades. Contudo, enquanto eles dirigem suas preces aos seus deuses, Jonas dormia profundamente.
Aqui temos uma lição: no processo de fuga de DEUS, corremos o risco de nos tornarmos menos cristãos do que os pagãos. Que ironia! O único homem no navio que podia fazer uma oração de verdade ao DEUS verdadeiro, não quer orar." Ao mesmo tempo que é triste, é deveras impressionante notar que não poucas as vezes, os incrédulos que não conhecem a DEUS, manifestam mais respeito e fé em DEUS do que os próprios cristãos.
Nos versos 6 a 10 percebemos que os marinheiros pagãos têm noção da gravidade dos atos de Jonas. "Que fizeste? Pois sabiam os homens que Jonas estava fugindo da presença do Senhor, porque lhe havia declarado". (v.10).
Os marinheiros sabiam que havia algo naquela tempestade, além de um fenômeno natural. Havia algo maior ali e por isso eles resolveram "Lançar sortes, para saberem por causa de que lhes sobreveio aquele mal" (v.7).
A sorte é lançada, "e a sorte caiu sobre Jonas" (v.7). Descobriram que o homem de DEUS era a causa da desgraça. A desobediência de Jonas estava atraindo maldição sobre todo o grupo.
Precisamos aprender esta lição: As pessoas que desobedecem a DEUS, não criam problemas apenas para si. Infelizmente acabam colocando os outros em suas enrascadas também. Homem de DEUS em fuga leva problemas onde quer que vai.
Agora algo precisa ser feito, e daí a pergunta: "Que te faremos, Jonas, para que o mar se acalme? (v.11). E a resposta foi: "Tomai-me e lançai-me ao mar e o mar se aquietará..." (v.12). Assim, Jonas assume o fato de que ele era o causa da tragédia.
Antes de jogar Jonas no mar, os marinheiros pagãos se entregaram novamente à oração. Agora, oram não às divindades pagãs, mas ao DEUS de Israel. Enquanto eles oram, os lábios de Jonas ainda permaneciam fechados (v.14). "E levantam a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da fúria" (v.15). Jonas é lançado ao mar, mas DEUS não desiste do profeta fujão e ordenou que "um grande peixe engolisse a Jonas" (v.17).
Poucas situações devem ter sido tão angustiosas quanto esta. Jonas está consciente. Sua esperança de continuar vivendo eram mínimas. Que lugar para encerrar a vida, logo na barriga de um peixe, lugar escuro, mal cheiroso e onde provavelmente nunca encontrariam seu corpo. Mas, embora confuso e teimoso, Jonas é um homem que conhece a DEUS. E Jonas faz a única coisa que se pode fazer em um momento de angústia. Ele se entregou à oração.

CAPÍTULO SEGUNDO: A ORAÇÃO NO VENTRE DO PEIXE
  
"Então Jonas no ventre do peixe orou ao seu DEUS" (v.1).
 É no ventre do grande peixe que Jonas começa a recuperar a saúde espiritual. "Na minha angústia clamei ao Senhor." (v.2).
Jonas começa a entender que a angústia pode ser uma expressão do amor de DEUS. A própria tragédia de ter sido "Lançado no coração dos mares" (v.3) e ter sido engolido pelo peixe, não era obra dos marinheiros, mas de DEUS. Por trás de tudo aquilo estava a mão divina. "Quando dentro em mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor ..." (v.7).
Quando estava para morrer, Jonas voltava seus olhos para o Senhor. Que coisa tremenda! A oração ainda é a única e suficiente resposta de que a espiritualidade continua viva. E nesse aspecto nós nos parecemos muito com Jonas. Pois quase sempre deixamos para orar em momentos de extrema dificuldades (Conferir: 1:3, 4,5,10,11,13,14).
A oração de Jonas foi ouvida. Ele podia ser um crente fraco e remitente, mas sua confiança está em Javé e não em ídolos (v.8). É bom saber que DEUS nos ouve, apesar de nossas fraquezas.
"Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou Jonas na terra." (v.10).
O capítulo dois termina com mais uma ação soberana de DEUS. Ele ordena e o grande peixe, obediente, joga Jonas na praia.

CAPÍTULO TERCEIRO: PREGAÇÃO SEM COMPAIXÃO"Veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas... " (v.1).
Pela segunda vez, DEUS comissionou o profeta à sua missão de pregar aos ninivitas. Uma nova oportunidade é dada a Jonas.
"Dispõe-te e vai à grande cidade de Nínive ..." (v.2) A ordem é a mesma da primeira vez. E nisso aprendemos que DEUS não muda sua vontade só pelo fato de não gostarmos dela.
Temos a impressão de que Jonas só pregou aos ninivitas, quando enviado pela segunda vez, porque não teve outra opção. Isso porque o v.3 diz que Nínive levava "três dias para percorrê-la". E no v.4 somos informados que Jonas a percorrer só "caminho de um dia". Isto significa que o nosso profeta não completou a caminhada da cidade, demonstrando assim má vontade em sua proclamação. Tipo coisa: "Já falei o suficiente, chega".
"Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida." (v.4).
"Quarenta dias" é uma expressão que nos lembra o dilúvio (Gn 7:17). É uma expressão muitas vezes usada nas Escrituras para falar de juízo divino.
Jonas com seus preconceitos, odiava os ninivitas. Portanto sua mensagem não é para salvar, mas para condenar. Estava obedecendo uma ordem divina, mas sem a mínima paixão. Pregava o juízo mas sem lágrimas nos olhos.
Que mensagem precária a de Jonas: "Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida". Não havia unção. Não havia vibração. Não havia o óleo da graça que cura e liberta. Havia apenas o tom de condenação, e era o que ele queria.
Mas algo extraordinário acontece. Mesmo sendo uma pregação sem unção e sem poder, causou um impacto tremendo naquela cidade. E assim, surpreendentemente, Nínive "cidade mui importante para DEUS" (v.3) é convertida. DEUS é inquestionavelmente soberano. Mesmo que os nossos planos e projetos limitadíssimos falhem, os Dele são infalíveis. O que DEUS quer fazer, Ele faz e "ninguém pode lhe deter a mão".
 
CAPÍTULO QUATRO: AMANDO OS SECUNDÁRIOS DA VIDA"Com isso desgostou-se Jonas extremamente, e ficou irado" (v.1).
     Jonas, ao invés de se alegrar, teve um extremo desgosto, por ver a cidade se converter e saber que a sentença da condenação por ele pronunciada, não seria mais aplicada a Nínive. Sua pregação foi um sucesso, mas ele não queria a graça de DEUS para aquele povo. Que mentalidade exclusivista!
     Os preconceitos de Jonas estavam tão impregnados em seu coração, que a alegria deu lugar a ira, a ponto de entrar num processo depressivo: "Melhor me é morrer do que viver" (v.3).
     Jonas fez uma barraca e ali ficou para "ver o que iria acontecer àquela cidade" (v.5).
     Tão duro era o coração de Jonas, que ele ainda esperava que DEUS mudasse de pensamento e destruísse Nínive.
     Para dar uma lição no profeta, DEUS fez nascer uma aboboreira para fazer sombra para ele. E esta planta se torna de um momento para outro o tesouro do coração de Jonas. No dia seguinte, DEUS manda um verme para ferir e matar a planta (v.7). E aquela planta que dava conforto a Jonas murchou deixando-o exposto ao sol. O que o deixou irado novamente (v.9).
"Tens compaixão da planta ..." (v.10).
     Que insensatez! Jonas amava mais as coisas do que as pessoas. Conseguia chorar e se sensibilizar por causa de uma planta, por outro lado, nutria ódio pelas pessoas.
     Jonas é um retrato de muitos hoje em dia. Hoje nossa aboboreira pode ser um carro, a casa, móveis, nosso conforto, etc.
Devemos nos lembrar que se pusermos o coração nas coisas secundárias da vida, não devemos esperar que a nossa alegria seja mais duradoura do que a de Jonas.
     "Melhor me é morrer do que viver". Nisso devemos concordar com o profeta. Para quem coloca a vida num nível tão mesquinho, é melhor morrer do que viver.
     JESUS disse: "Ajuntai tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não consomem".
     Se o nosso coração estiver nas coisas secundárias da vida, as angústias se sucederão uma após outra, pois estes tesouros são falíveis e efêmeros. Ponhamos o nosso coração nas coisas imperecíveis e eternas.
"... Não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive?" (v.11).
     Finalmente Jonas aprendeu. DEUS tem compaixão de pecadores. Por isso, foi que o comissionou para pregar em Nínive. O recado final é no sentido de que ele volte a amar as pessoas. Não coloque os preconceitos acima da salvação. Volte a amar, mesmo aquelas pessoas estranhas a sua volta.

EM JONAS APRENDEMOS1 - DEUS é soberano e sempre realiza sua vontade
2 - É impossível qualquer tentativa para fugir de DEUS
3 - Os preconceitos nos tornam sem amor pelos incrédulos
4 - Quando estamos em desobediência nos tornamos maldição onde quer que vamos
5 - Quando amamos os secundários, nossa vida se torna mesquinha e sem alegria.
6 - O caminho da desobediência sempre nos coloca em enrascadas
7 - Quão apaixonadamente DEUS ama os pecadores
 
 
 
INTERAÇÃO
Nínive era absolutamente odiada pelos judeus. Como capital do império assírio, ela representava a maldade, a crueldade, a impiedade e agudeza de um império perverso. Mas o Altíssimo,  cheio de graça e amor, volta seu olhar para aquela cidade impenitente e decide enviar-lhe o profeta Jonas. O profeta, sabedor de toda maldade praticada pelos ninivítas, resistiu ao chamado divino. Entretanto, DEUS estava no controle e  não demorou para que o profeta fosse até Nínive levar a mensagem de salvação.
Jonas aprendeu uma extraordinária lição a respeito do grande amor e misericórdia de DEUS. Não podemos nos esquecer que a mensagem da salvação é para toda a humanidade.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Jonas. 
Conhecer o atributo da misericórdia divina.. 
Conscientizar-se da perenidade da misericórdia DEUS.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo. Explique para a turma que o livro de Jonas destaca as duas principais chamadas de DEUS na vida do profeta. Na primeira, ele desobedece e sofre as consequências. Na segunda, ele ouve ao Senhor e lhe obedece.
 
A CHAMADA DE JONAS
Primeira chamada (1.1 — 2.10)
• 1.1,2
Chamada de Jonas: “vai à Nínive”.
• v.3
Desobediência de Jonas.
• vv. 4-17
Consequências da desobediência de Jonas: para os outros (4-11); para si mesmo (12-17).
• 2.1-9
A oração de Jonas no meio da calamidade.
• v. 10
O livramento de Jonas.
Segunda chamada (3.1 — 4.11)
• 3.1,2
Chamada de Jonas: “vai à Nínive”.
• vv.3,4
A missão obediente de Jonas
• vv.5-10
Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas se arrependem (vv.5-9); os ninivitas poupados do juízo divino (v.10).
• 4.1-3
A queixa de Jonas.
• vv.4-11
A repreensão e a lição de Jonas.
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 6, JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA
I. O LIVRO DE JONAS 
1. Contexto histórico.
2. Vida pessoal.
3. Estrutura e mensagem.   
II. O GRANDE PEIXE 
1. Baleia ou grande peixe?
2. Interpretação.
III. A MISERICÓRDIA DIVINA 
1. A conversão dos ninivitas (3.8,9).
2. O "arrependimento" de DEUS.
3. Explicação exegética.
IV. A JUSTIÇA HUMANA 
1. Descontentamento de Jonas (4.1).
2. Jonas esperava vingança?
3. Compreendendo a misericórdia divina.  
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O tema principal do livro de Jonas é a inefável misericórdia de DEUS e a sua soberania sobre as nações.  
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Em relação ao texto de Jonas que fala sobre o "grande peixe", não há indício algum para uma interpretação alegórica, mitológica ou lendária.   
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A misericórdia divina alcançou os ninivitas segundo a graça do DEUS Altíssimo.  
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - A justiça humana é rápida para julgar, mas a divina é longânima em perdoar.  
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI - Subsídio Teológico
"Jonas - O livro de Jonas é diferente dos outros livros dos Profetas Menores. Trata-se de uma narrativa bibliográfica das experiências do profeta, e não de uma coletânea de mensagens proféticas. O tema prioritário do livro é a graça soberana de DEUS pelos pecadores, ilustrada na sua decisão de reter o julgamento sobre os culpados, mas arrependidos ninivitas. Há também uma lição teológica importante a ser aprendida observando as respostas de Jonas a DEUS. O retrato do autor de Jonas é altamente depreciativo. Os padrões duplos de Jonas fizeram com que as suas ações lhe contradissessem os credos de tom espiritual. Pelo exemplo negativo de Jonas, o leitor aprende a não resistir à vontade e decisões soberanas de DEUS" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.467).
 
VOCABULÁRIO 
Antropopatismo: [Do gr. antropos, homem; do gr. pathos, sentimentos] Atribuição de sentimentos humanos a DEUS. Figurativamente, encontramos várias expressões como esta: a ira de DEUS, o arrependimento de DEUS, etc. Tais expressões foram usadas para que o ser humano viesse a entender a ação divina na história sagrada. É uma forma de os autores sagrados dizerem que o Criador do Universo não é indiferente ao que acontece neste mundo; Ele age e reage de acordo com a sua justiça e santidade. DEUS não é um ser destituído de sentimentos. Só que, nEle, todos os sentimentos são infinitamente perfeitos. 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 
 
SAIBA MAIS 
Revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 52, p.39.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 6, JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"E DEUS viu as ________________________ deles, como se _______________________________ do seu mau caminho; e DEUS se _____________________________ do mal que tinha dito lhes faria e não o fez" (Jn 3.10). 

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O relato de ____________________________ ensina-nos o quanto DEUS _____________________________ e está pronto a _______________________________ os que se arrependem. 

I. O LIVRO DE JONAS 
3- Qual o contexto histórico de jonas?
(    ) Jonas é da época do império Romano, cuja capital era Nínive.
(    ) Jonas é da época do império assírio, cuja capital era Nínive.
(    ) O nome do rei ninivita impactado com a pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III, falecido em 783 a.C.
(    ) Nessa época, Jeroboão II, filho de Joás, reinava em Samaria, sobre as dez tribos do Norte.

4- Quem era Jonas?
(    ) Jonas se apresenta como filho de Amitai e profeta de Judá.
(    ) Jonas se apresenta apenas como filho de Amitai.
(    ) Ele é mencionado em outras narrativas bíblicas e, por essa razão, sabe-se que era profeta do Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido na época de Jeroboão II.
(    ) Jonas, que deveria ir para Nínive clamar contra esta cidade, desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis.
(    ) É o único profeta bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor.

5- Onde nasceu Jonas?
(    ) Em Caná da Galiléia, que localizava-se na terra de Zebulom (Js 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.
(    ) Em Gate-Hefer, que localizava-se na terra de Zebulom (Js 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.
(    ) Em Gate-Hebrom, que localizava-se na terra de Zebulom (Js 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.

6- Quando DEUS mandou Jonas pregar a Nínive, para onde ele foi, ao invés disso?
(    ) Para Társis, segundo Herodoto, é a mesma Madri, na orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos pesquisadores bíblicos.
(    ) Para Társis, segundo Herodoto, é a mesma Tartessos, na orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos pesquisadores bíblicos.
(    ) Para Társis, segundo Herodoto, é a mesma Barcelona, na orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos pesquisadores bíblicos.

7- Qual a estrutura e a mensagem de Jonas?
(    ) O tema principal do livro é a fuga do profeta Jonas de diante de DEUS e a sua conversão.  
(    ) O livro contém 48 versículos distribuídos em quatro breves capítulos.
(    ) Apesar de começar com estrutura profética (1.1), a mensagem é apresentada em estilo biográfico.
(    ) Não deixa, contudo, de ser uma profecia da história de Israel, ao mesmo tempo em que anunciam o ministério, a ressurreição e a obra missionária de CRISTO.
(    ) O tema principal do livro é a infinita misericórdia de DEUS e a sua soberania sobre todas as nações.  

II. O GRANDE PEIXE 
8- Baleia ou grande peixe? Complete:
Na Bíblia Hebraica e na Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). A língua hebraica não dispõe de termo técnico para "_____________________________". Essa palavra é usada como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. As Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, "grande ___________________________", uma vez (1.17 ;2.1), e simplesmente dag, "peixe", três vezes (1.17; 2.1,10). A Septuaginta traduz ketei megalo por "grande _____________________________ marinho", e ketos por "_________________________________ marinho", a mesma palavra usada no Novo Testamento grego (Mt 12.40).

9- Há indício no texto de Jonas para que ele possa ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lenda etc... ?
(    ) Não podemos rejeitar todas essas linhas de pensamento, pois muitos dos escritos dos profetas contém idéias e contos desses.
(    ) Rejeitamos todas essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi entregue a Jonas no mesmo estilo dos outros profetas.
(    ) O Senhor JESUS CRISTO, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro como histórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição do Mestre.
(    ) O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão.

III. A MISERICÓRDIA  DIVINA 
10- Como foi a conversão dos ninivitas (3.8,9)?
(    ) Os ninivitas foram salvos porque apresentaram obras diante de DEUS. Jejuaram e colocaram roupas de saco.
(    ) O curto relato do livro de Jonas serve como prenúncio da graça salvadora para todas as nações.
(    ) Os ninivitas foram salvos pela graça, pois "creram em DEUS" (3.5) e "se converteram do seu mau caminho".
(    ) As obras foram consequência da sua fé no DEUS de Israel.

11- O que significa "arrependimento" de DEUS?
(    ) Quando DEUS muda de opnião é possível essa interpretação.
(    ) O arrependimento humano é mudança de mente e de coração, de pior para melhor.
(    ) Quando a Bíblia fala que "DEUS se arrependeu" (3.10), parece confundir-nos um pouco, pois DEUS é perfeito e imutável, não pode mudar, nem alterar a sua mente
(    ) A explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo de falar em termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que é o nosso caso aqui.
(    ) Quem mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão é parte do plano divino.

12- Qual a explicação exegética da declaração: "DEUS viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho" (3.10a)? Complete:
O verbo hebraico aqui é _____________________________, literalmente: "voltar-se, retornar", frequentemente usado para indicar o ______________________________________ humano. A respeito do "arrependimento" de DEUS, que vem na sequência (3.10b), o verbo é outro, ____________________________, "ter pena, arrepender-se, lamentar, consolar, ser consolado" (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr 8.18). Essas nuanças linguísticas podem ser confirmadas por qualquer pessoa, ainda que não conheça uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o auxílio, por exemplo, da Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego (CPAD). 

IV. A JUSTIÇA HUMANA 
13- Apesar de Jonas ter sido bem-sucedido em sua missão, estava descontente. Por que?
(    ) Porque estava com medo de ir até Nínive sozinho.
(    ) A Bíblia não revela a razão do descontentamento de Jonas.
(    ) Jonas afirma saber ser DEUS: "piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes [niham] do mal"

14- Jonas esperava vingança? Por que?
(    ) O império assírio matou a família de Jonas.
(    ) O império assírio foi um dos mais cruéis da história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio. Massacraram muitas nações, entre elas Israel.
(    ) O império assírio massacrou o território de Judá na época do rei Ezequias.

15- Há crentes que se incomodam com o retorno à Igreja dos que se acham afastados do rebanho. Dê exemplo bíblico dessa síndrome:
(    ) Quem não se lembra do irmão mais velho do filho pródigo? Às vezes, a bondade divina incomoda alguns.
(    ) O pai do filho pródigo.
(    ) O primeiro da fila na parábola dos trabalhadores.

16- Como compreendermos a misericórdia divina, em Jonas?
(    ) O Senhor poupou Nínive da destruição total, mas aplicou seu juízo sobre a maioria de seus habitantes.
(    ) A misericórdia divina é um dos atributos que revela a natureza de DEUS.
(    ) O Senhor poupou Nínive da destruição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus moradores.
(    ) O próprio Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da infinita bondade de DEUS. 

CONCLUSÃO 
17- Complete:
Jonas transmite-nos uma importante lição prática. O relato em si mostra a diferença abissal entre a ______________________________ divina e a justiça humana. Aos ninivitas DEUS falou por intermédio de ____________________. Hoje, Ele fala através de ___________________________________, que continua a salvar, a curar e a batizar com o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16; At 4.12). Ele mesmo disse: "E eis que está aqui quem é maior do que Jonas" (Mt 12.41- ARA). O Mestre operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhum outro antes ou depois dele, e deu oportunidade de salvação a todos (At 10.38). Mesmo assim, foi ___________________________ pela sua geração (Jo 1.11). Por isso, lançou em rosto a incredulidade dos seus contemporâneos e elogiou a fé dos ninivitas por haverem ouvido a pregação do profeta e se ______________________________ de seus pecados.  
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

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